A Câmara Federal ainda avalia qual será a postura a ser adotada pela Casa com relação ao polêmico decreto do presidente Jair Bolsonaro (PSL), que flexibilizou no início do mês o acesso ao porte de armas no Brasil. Nesta semana, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), deve bater o martelo, após negociação com interlocutores do governo federal sobre uma possível revisão do decreto por parte do legislativo.
Diante deste cenário, a Rádio Itatiaia, como já fez com outros temas, foi ouvir a bancada mineira sobre a possibilidade de revisão do decreto de porte de armas. E o resultado mostra que, se de um lado, há muitos parlamentares que defendem a revisão da proposta, do outro há um número maior ainda de deputados cujo posicionamento é desconhecido, já que não responderam ao questionamento feito pela Itatiaia.
Durante toda a semana a reportagem tentou contato com os parlamentares via e-mail institucional e telefone. Ainda assim, 46% dos deputados, quase metade da bancada, não responderam se são favoráveis ou não à revisão do decreto de porte de armas de Bolsonaro. Já outros 36% dos deputados mineiros disseram que são favoráveis à revisão do decreto pelo Legislativo, sendo que muitos deles fazem questão de deixar claro que são radicalmente contra a medida do executivo. Há ainda um pequeno número de contrários à proposta, e também daqueles que estão indefinidos, cada um com 9%.
O quadro na bancada mineira reflete um pouco o quadro da divisão que o tema causa entre os parlamentares. Por isso mesmo que uma das possibilidades já discutidas pelo presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia, com o governo de Jair Bolsonaro é não votar o decreto no plenário, mas retirar alguns itens da proposta, que poderiam ser votados posteriormente via projeto de lei. A decisão ainda não foi tomada.
Se posicionaram contra a revisão:
Cabo Júnio Amaral (PSL)
Delegado Marcelo Freitas (PSL)
Enéias Reis (PSL)
Lucas Gonzales (NOVO)
Stefano Aguiar (PSD)
Se posicionaram a favor da revisão:
André Janones (AVANTE)
Áurea Carolina (PSOL)
Eduardo Barbosa (PSDB)
Fábio Ramalho (MDB)
Hercílio Coelho Diniz (MDB)
Igor Timo (PODEMOS)
Júlio Delgado (PSB)
Leonardo Monteiro (PT)
Margarida Salomão (PT)
Mário Heringer (PDT)
Odair Cunha (PT)
Padre João (PT)
Patrus Ananias (PT)
Paulo Abi-Ackel (PSDB)
Paulo Guedes (PT)
Reginaldo Lopes (PT)
Rodrigo de Castro (PSDB)
Rogério Correia (PT)
Zé Silva (SOLIDARIEDADE)
Indefinidos:
Alê Silva (PSL) - ainda não leu todo o decreto
Bilac Pinto (DEM) - vai respeitar a decisão do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, quanto à constitucionalidade do decreto)
Dimas Fabiano (PP)
Emidinho Madeira (PSB
Weliton Prado, PROS)
Não responderam ao questionamento: (apesar dos pedidos terem sido encaminhados via e-mail institucional, mensagem de celular e também reforçados por contato telefônico nos gabinetes)
Aécio Neves (PSDB)
Charlles Evangelista (PSL)
Diego Andrade (PSD)
Domingos Sávio (PSDB)
Dr. Frederico (PATRIOTA)
Eros Biondini (PROS)
Euclydes Pettersen (PSC)
Franco Cartafina (PP)
Fred Costa (PATRIOTA)
Gilberto Abramo (PRB)
Greyce Elias (AVANTE)
Lafayette de Andrada (PRB)
Léo Motta (PSL)
Lincoln Portela ( PR)
Luis Tibé (AVANTE)
Marcelo Aro (PHS)
Mauro Lopes (MDB)
Misael Varela (PSD)
Newton Cardoso Jr (MDB)
Pinheirinho (PP)
Subtenente Gonzaga (PDT)
Tiago Mitraud (NOVO)
Vilson da Fetaemg (PSB) *Após a publicação da matéria, a assessoria informou à Itatiaia que o deputado é a favor da revisão.
Zé Vítor (PR)
