A Polícia Civil detalhou na tarde desta terça-feira a prisão de um agente penitenciário suspeito de levar drogas e celulares para detentos na Penitenciária de Segurança Máxima Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A polícia chegou ao suspeito durante a Operação Masmorra, deflagrada nessa segunda (14), em que também cumpriu mandados de prisão contra um homem (ele já estava preso) e a esposa dele.
De acordo com o delegado Marcos Vinicius Lobo, da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), o suspeito recebia R$ 1,5 mil por cada celular e R$ 250 por cada porção de droga.
“Várias operações deflagradas pela Polícia Civil esse ano indicavam a participação de detentos daquele sistema prisional. Ontem conseguimos identificar também um agente penitenciário responsável por introduzir substâncias entorpecentes e aparelhos celulares para a prática delituosa dentro do sistema prisional.”
Segundo o delegado, o suspeito trabalhava na Nelson Hungria há aproximadamente 7 anos. “Há tanto tempo trabalhado no sistema prisional, ele conseguia passar no ponto cego no scanner.”
Por envolver um agente público, o inquérito corre em segredo de Justiça e, segundo o delegado, “haverá outras fases na tentativa de identificar outros servidores envolvidos em atividades delituosas no sistema prisional.”
Conforme as investigações, a esposa do detento, identificada apenas como Aline, era responsável pelo pagamento e pelo repasse dos celulares e da droga para o agente. O homem que já está no sistema prisional é suspeito de integrar uma facção criminosa e tem passagens por roubo e extorsão mediante sequestro, inclusive em outros estados.
O agente penitenciário pode responder por tráfico de drogas, associação ao tráfico, corrupção passiva, comércio ilegal de arma de fogo e inserção de aparelho celular em estabelecimento prisional. Outros crimes dele ainda serão apurados durante o inquérito policial.
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