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Ranking de países onde emigrantes são mais felizes; 3 latino-americanos ocupam pódio

Último ranking destacou qualidade de vida, integração social e situação financeira como fatores valorizados

Ranking onde emigrantes são mais felizes

A edição de 2025 da pesquisa Expat Insider revelou que Panamá, Colômbia e México lideram a lista de destinos mais populares para emigrantes, enquanto Kuwait, Turquia e Coreia do Sul estão no último lugar, de acordo com relatório publicado pela Internations.org - rede social que reúne pessoas que vivem fora de seus países de origem e profissionais de diferentes nacionalidades que buscam apoio e orientação durante experiência internacional.

O ranking “Melhores e Piores Países para Expatriados em 2025", que avalia a satisfação dos expatriados, mostrou tendências estáveis nos extremos da tabela este ano, embora o declínio da Coreia do Sul tenha sido notável, caindo 21 posições em comparação ao ano anterior.

O Panamá manteve a liderança pelo segundo ano consecutivo. Noventa e quatro por cento dos expatriados relatam estar satisfeitos com a vida no país, um número que coloca o país centro-americano no topo da lista global de satisfação.

O relatório do Internations.org observou que o país se destaca em todos os índices avaliados, ficando entre os três primeiros em cada um. Qualidade de vida, oportunidades de viagem, transporte público acessível e um ambiente natural privilegiado estão entre os fatores mais valorizados.

Além disso, 35% dos entrevistados já estão aposentados — muito acima da média global de 11% — e 18% afirmaram que a aposentadoria foi o principal motivo para a mudança. Mais de um terço dos expatriados (35%) planejam permanecer no Panamá permanentemente, superando em muito a média global de 24%. Um expatriado alemão na Cidade do Panamá resumiu a experiência de quem mora lá para o Internations.org: “Tudo é muito tranquilo e os panamenhos são muito amigáveis. Me sinto seguro neste país.”

Em segundo lugar, a Colômbia subiu do quinto lugar no ano anterior. O índice de finanças pessoais apresentou o melhor desempenho, com 81% dos expatriados satisfeitos com sua situação financeira, em comparação com 54% em todo o mundo. O baixo custo de vida e a moradia acessível (segundo lugar) foram fatores-chave.

No entanto, as motivações para se mudar para a Colômbia são diversas: 17% citaram a busca por uma melhor qualidade de vida, a mesma porcentagem citou razões sentimentais e outros 17% o fizeram por motivos de trabalho — uma proporção consideravelmente menor do que a média global.

Cinquenta e sete por cento dos expatriados na Colômbia não têm nenhum trabalho remunerado, enquanto 92% consideram sua renda familiar suficiente para uma vida confortável. Um expatriado americano em Bogotá compartilhou com o Internations.org: “Sou aposentado, então aprecio o ritmo de vida tranquilo aqui na Colômbia”.

No entanto, a segurança continua sendo uma preocupação significativa: 43% dos entrevistados a citaram como principal preocupação antes da mudança e 25% avaliaram sua segurança pessoal negativamente. A instabilidade política também foi notada por 40% dos expatriados no país.

O México completou o pódio, ocupado apenas por países latino-americanos, permanecendo nas três primeiras posições no índice de Facilidade de Adaptação desde 2014.

Expatriados consideram fácil se adaptar à cultura local e fazer amigos, com 35% afirmando que a maioria de seus amigos são moradores locais, mais que o dobro da média global.

Trinta e nove por cento dos entrevistados planejam permanecer no México por tempo indeterminado. Um expatriado canadense em Ajijic, Jalisco, disse ao Internations.org: “Adoro o clima, a comida fresca e acessível, a cultura e as pessoas amigáveis.”

Apesar do excelente ambiente social, a qualidade de vida ocupa o 23º lugar, seguida por preocupações com segurança (33º), qualidade do ar (39º) e meio ambiente (35º). A satisfação no trabalho está em 67% e 31% dos expatriados já estão aposentados, uma proporção alta em comparação com a média global.

No outro extremo do espectro, o Kuwait ocupa o último lugar (46º), repetindo a posição do ano anterior. Dezessete por cento dos expatriados planejam deixar o país dentro de um ano, dez pontos percentuais acima da média global. Embora 93% trabalhem em tempo integral, a satisfação com a segurança no emprego (45º), o equilíbrio entre vida pessoal e profissional (44º) e a percepção de remuneração justa (44º) são muito baixos.

Trinta e oito por cento consideram a renda familiar insuficiente para uma vida confortável. O clima e as altas temperaturas são as principais preocupações antes de se mudar, com 49% avaliando esse aspecto negativamente.

A vida social limitada, a percepção de hostilidade local e a dificuldade de adaptação à cultura colocam o Kuwait na parte inferior do índice de adaptação. Um expatriado albanês em Al Fintas, ao sul da capital do país, expressou suas principais desvantagens no país do Golfo: “Não gosto da qualidade do ar nem das temperaturas do verão.”

A Turquia (45º lugar) também está entre os destinos com as piores avaliações. 26% dos expatriados estão insatisfeitos com a vida no país e 23% planejam sair dentro de um ano.

A barreira linguística é a principal dificuldade, citada por 54% dos entrevistados, e 48% afirmaram que é difícil se locomover sem falar turco. A situação econômica é considerada precária e a satisfação no trabalho ocupa a 44ª posição. Um expatriado indonésio em Istambul disse ao Internations.org: “A vida cotidiana está ficando mais difícil na Turquia; a inflação está enorme.”

A queda mais acentuada ocorreu na Coreia do Sul, que caiu do 23º para o 44º lugar. A recente instabilidade política e econômica impactou negativamente a percepção dos expatriados, com o país deixando de ser considerado um dos melhores lugares para se viver.

Oitenta por cento dos entrevistados são trabalhadores remunerados, mas o país ocupa o último lugar em oportunidades de carreira, jornada de trabalho, equilíbrio entre vida pessoal e profissional e satisfação geral. A barreira linguística afeta mais da metade dos expatriados, e 54% acreditam que não falar coreano dificulta a entrada no mercado de trabalho. Um expatriado britânico em Seul explicou ao Internations.org: “Há uma obsessão por status social e a expectativa de trabalhar longas horas.”

A análise da Internations.org mostrou que, em 2025, os países asiáticos dominavam metade do top 10, com Tailândia, Vietnã, China, Emirados Árabes Unidos e Indonésia se juntando aos líderes latino-americanos. Satisfação com as finanças pessoais e facilidade de encontrar moradia são fatores comuns nesses destinos.

Em contraste, mais da metade dos países com pior desempenho eram europeus, como Itália, Suécia, Noruega, Reino Unido, Alemanha e Finlândia, onde expatriados relataram dificuldades de adaptação, alto custo de vida e desafios administrativos. O Canadá, pelo segundo ano consecutivo, ficou entre os 10 países com pior classificação, principalmente devido ao seu alto custo de vida, transporte público e moradia.

A análise da Internations.org mostrou que, em 2025, os países asiáticos dominavam metade do top 10, com Tailândia, Vietnã, China, Emirados Árabes Unidos e Indonésia se juntando aos líderes latino-americanos. Satisfação com as finanças pessoais e facilidade de encontrar moradia foram fatores comuns nesses destinos.

Na edição de 2025, a pesquisa da Internations.org confirmou que a qualidade de vida, a facilidade de integração e a situação financeira continuam sendo os principais fatores determinantes para os expatriados na escolha de seu destino, enquanto a segurança, a estabilidade política e a barreira linguística continuam representando os maiores desafios nos países com as piores classificações.

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