Éramos jovens e, nos armários de nossas avós, sempre nos deparávamos com aquela famosa lata azul estampada com “Nivea” em letras garrafais. Era o creme que elas aplicavam em diversas partes do corpo, incluindo o rosto, e que se tornava o “salva-vidas” para cotovelos ressecados e feridas que precisavam de cicatrização.
Mas, após tantos anos, a fórmula concebida em 1911 na Alemanha pelo farmacêutico Dr. Oscar Troplowitz – com a colaboração do químico Isaac Lifschütz e do dermatologista Paul Gerson Unna – continua a ser eficaz? Fomos em busca da resposta com a farmacêutica Rafaela Ribeiro Massena.
“Nos dias de hoje, o Nivea ainda está disponível no mercado e é um produto que vale a pena ter sempre à mão. É extremamente versátil e, sim, eu o utilizo com frequência”, declara Rafaela. A farmacêutica esclarece que, apesar do avanço da indústria e da disponibilidade de cremes com novos ingredientes, “o Nivea da lata azul continua sendo um excelente hidratante. As peles secas realmente apreciam”.
A Fórmula fiel ao original
Assim como peças básicas são indispensáveis no guarda-roupa para compor looks práticos e versáteis do cotidiano, o creme Nivea da lata azul é um item essencial para a pele seca.
Longe de contar com ingredientes como ácido hialurônico ou niacinamida, ele permanece fiel à sua fórmula original, composta essencialmente por:
Eucerit: Um ingrediente fundamental que possibilita a emulsão estável de água e óleo.
Paraffinum Liquidum: Um óleo mineral que auxilia na retenção da umidade da pele, criando uma camada protetora.
O produto centenário demonstra que, em algumas situações, o clássico nunca sai de cena.