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Dom Walmor | Saúde institucional

Saúde das instituições é um tema vital, que exige atenção de especialistas de diversas áreas, sempre considerando o carisma e a missão de cada organização

A saúde das instituições é um tema que exige atenção de especialistas de diversas áreas

A saúde das instituições é um tema vital, que exige atenção de especialistas de diversas áreas, sempre considerando o carisma e a missão de cada organização. Fundamental nesse processo são as pessoas que integram e fazem o dia a dia institucional, pois são elas que, com suas qualidades e desempenhos, sustentam a vida e a missão das instituições. Mais do que cargos ou status, é o compromisso pessoal com a missão institucional que garante vitalidade e coerência às ações. Por mais patrimônio ou história que acumulem, as instituições sempre dependerão da qualidade humana e espiritual de seus membros. Por isso, lideranças e colaboradores precisam se sentir desafiados pelo legado que receberam, buscando oferecer respostas à altura da história e missão da organização.

Um risco constante é o enfraquecimento da memória institucional. Esquecer esse passado compromete o respeito à trajetória construída e pode gerar atuações medíocres, pautadas em interesses egoístas. A ilusão sobre si mesmo – quando alguém acredita possuir uma importância desproporcional à realidade – é um perigo que corrói o patrimônio moral, social e espiritual institucional. Por isso, é essencial o exercício contínuo de autocrítica e superação pessoal. Refletir sobre os próprios limites e buscar evolução é o que diferencia os comprometidos dos acomodados. A inovação, feita com responsabilidade, precisa desafiar constantemente os que atuam nas instituições. A acomodação, por outro lado, alimenta justificativas vazias e impede avanços significativos.

A saúde institucional depende, portanto, do compromisso real com a missão, e não da busca por realização pessoal ou sede de poder. A responsabilidade institucional deve ser entendida como um serviço à sociedade, que precisa de instituições fortes, coerentes com seu carisma e dedicadas ao bem comum. Num mundo marcado pelo pluralismo e velocidade, torna-se urgente cuidar da dimensão humana nas instituições. Elas só poderão contribuir para um mundo mais justo e fraterno se forem impulsionadas por colaboradores comprometidos e conscientes do papel histórico que têm a desempenhar.

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O Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte, dom Walmor Oliveira de Azevedo, presidiu a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e publica semanalmente aos sábados no Portal Itatiaia.