O setor mineral brasileiro movimentou R$ 139,2 bilhões entre janeiro e junho de 2025, o que representa um crescimento de 7,5% em relação ao mesmo período do ano passado. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), a atividade, que é equivalente a 53% do saldo da balança comercial brasileira.
O desempenho positivo do setor teve destaque pelo aumento no faturamento de minerais críticos, que representam R$ 21,6 bilhões, um avanço de 41,9% em relação ao ano passado. O minério de ferro, principal substância comercializada no país, teve queda de 8,2% no faturamento, e respondeu por 52,8% da receita do setor, com R$ 73,5 bilhões.
Neste primeiro semestre, Minas Gerais, Pará e Bahia lideram o ranking de faturamento minerário. O estado mineiro lidera, com 39,7%, seguido por Pará (34,6%) e Bahia (4,8%).
Empregos e arrecadação
De acordo com o relatório do setor, a mineração alcançou 226 mil empregos diretos de janeiro a junho, com a criação de 5.085 vagas. Além disso, a arrecadação de impostos e tributos pela indústria mineral aumentou 7,5% no período, totalizando cerca de R$ 48 bilhões. A Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) representou R$ 3,7 bilhões.
Exportações e saldo comercial
As exportações do setor atingiram 192,5 milhões de toneladas — um crescimento de 3,7% em volume. O saldo da balança comercial mineral foi de US$ 16 bilhões, o que equivale a 53% de todo o superávit comercial brasileiro no primeiro semestre.
A China permaneceu como o principal destino das exportações minerais brasileiras, recebendo 68,1% do volume total exportado. Já os Estados Unidos lideraram a lista de países fornecedores de produtos minerais ao Brasil, na frente da Rússia, Austrália e Canadá.
O desempenho do setor minerário nos primeiros seis meses de 2025 reforça a importância da atividade para o desenvolvimento econômico nacional. Além de impulsionar a geração de empregos e a arrecadação de tributos, a mineração tem papel central no comércio exterior e na transição energética global, com US$ 68 bilhões em investimentos previstos até 2029.