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GBU-57: EUA usaram super bomba antibunker de 13 toneladas em ataque ao Irã

Bomba é a única capaz de destruir instalações a grandes profundidades

Foto de satélite mostra os danos após os ataques dos EUA à instalação de enriquecimento nuclear de Isfahan

Os Estados Unidos usaram a super bomba antinbunker MOP GBU-57 para atacar o Irã na noite de sábado (21).

Essa foi a primeira vez que a bomba, única capaz de destruir instalações a grandes profundidades, foi usada pelo país. A MOP GBU-57, carrega uma ogiva capaz de penetrar - na rocha e concreto - dezenas de metros abaixo da superfície antes de explodir.

A GBU-57 “foi projetada para penetrar até 200 pés [61 metros] sob o solo antes de explodir”, aponta o Exército americano. Ela pesa mais de 13 toneladas e tem 6,6 metros de comprimento.

Diferente de muitos mísseis ou bombas que detonam sua carga no impacto, as bombas antibunker buscam primeiro perfurar o solo e só explodem quando alcançam a instalação subterrânea.

As armas são projetadas “com uma carcaça de aço reforçado muito espessa” para ajudar a “penetrar nessas camadas de rocha”, explicou à AFP Masao Dahlgren, especialista em armas do centro de pesquisa CSIS em Washington.

O design desta bomba foi iniciado no começo da década de 2000. Em 2009, foi realizado um pedido de 20 unidades à Boeing. Os aviões americanos B-2 são os únicos capazes de lançar esta bomba.

“Somente os Estados Unidos têm a capacidade convencional” para destruir uma instalação desse tipo, afirmou à AFP antes do ataque Mark Schwartz, general americano que serviu no Oriente Médio e agora é especialista do centro de estudos Rand Corporation.

Foto de satélite fornecida pela Maxar Technologies mostra os danos após os ataques dos EUA à instalação de enriquecimento nuclear de Isfahan

EUA entra na guerra ao lado de Israel

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou, na noite deste sábado (21), que o país realizou ataques “bem-sucedidos” contra três instalações nucleares no Irã, marcando a entrada ao lado de Israel na guerra contra o país persa.

Um dos alvos foi a usina subterrânea de enriquecimento de urânio em Fordow, segundo Trump.

O ataque aconteceu uma semana após Trump relutar em confirmar um eventual embarque no conflito. O republicano ainda afirmou, após o ataque, ameaçou responder o Teerã com força ainda maior caso tenha retaliação não buscar a paz.

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Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), Giullia Gurgel é repórter multimídia da Itatiaia. Atualmente escreve para as editorias de cidades, agro e saúde