Em mensagem de ano novo, a
O comunicado foi divulgado depois do anúncio de que a ONU passa por um momento crítico de arrecadação: dos 45 bilhões de dólares (249 bilhões de reais) solicitados em 2025, somente 12 bi (66 bilhões de reais), foram obtidos.
Os recursos permitiram ajudar 98 milhões de pessoas, sendo 25 milhões a menos do que no ano anterior.
“Ao entrar no novo ano, o mundo se encontra em uma encruzilhada. O caos e a incerteza nos cercam. Divisão. Violência. Colapso climático. E violações sistemáticas do direito internacional”, disse o secretário-geral da ONU, António Guterres, em uma mensagem em vídeo.
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Guterres criticou o aumento de quase 10% dos gastos militares dos países, alcançando U$2,7 trilhões (R$14,95 trilhões) - representando 13 vezes o gasto mundial total em ajuda ao desenvolvimento.
Com diversos conflitos acontecendo, o secretário-geral afirma que os líderes mundiais têm a obrigação de fazer o possível para aliviar o sofrimento humano, assim como de combater a mudança climática e mitigar suas consequências.
“Faço um apelo aos líderes de todo o mundo: sejam sérios. Escolham as pessoas e o planeta acima da dor”, disse Guterres.
Por fim, ele estipula que as prioridades devem ser colocadas em ordem, neste novo ano. “Um mundo mais seguro começa investindo mais no combate à pobreza e menos em guerras. A paz deve prevalecer”, comentou.
Cortes de investimento
Grande parte da redução nos fundos para o desenvolvimento aconteceu por causa dos cortes determinados pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O país norte-americano anunciou, nesta segunda-feira (29), que vai destinar
O valor está muito abaixo do que já foi destinado nos últimos anos. Porém, os EUA seguem sendo o principal país doador dos programas humanitários do mundo. A queda - U$2,7 bilhões (R$14,95 bi) frente a U$11 bi (R$60 bi) em 2024 - reflete o contexto de cortes drásticos na ajuda externa durante o segundo mandato de Donald Trump.
* Com informações da AFP