O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, declarou neste sábado (3) estar disposto a implementar um cessar-fogo imediato nos combates com a Rússia, contanto que Moscou aceite uma interrupção nas hostilidades por, no mínimo, 30 dias. A condição foi apresentada pelo líder ucraniano através de sua conta na rede social X (antigo Twitter).
“Esse é um prazo razoável para preparar os próximos passos. A Rússia precisa parar a guerra - cessar seus ataques e bombardeios”, escreveu Zelensky, indicando que o período permitiria avançar em negociações.
O anúncio ocorre enquanto o presidente se prepara para o que chamou de “importantes reuniões e negociações de política externa”. Ele apelou aos parceiros internacionais para que exerçam influência sobre a Rússia, visando um “silêncio duradouro” que possibilite uma saída diplomática para o conflito. Contudo, Zelensky expressou ceticismo quanto à vontade russa. “No momento, ninguém vê tal prontidão por parte da Rússia. Pelo contrário, sua retórica interna é cada vez mais mobilizadora”, observou, reiterando o pedido por sanções mais duras contra os setores energético e bancário russos como forma de pressão.
A proposta de Zelensky surge horas após ele ter recusado uma oferta russa para uma trégua temporária de 72 horas. Moscou havia sugerido a pausa por ocasião das celebrações do Dia da Vitória na Segunda Guerra Mundial, em 9 de maio. Além de rejeitar a trégua curta, a Ucrânia informou que não garantiria a segurança de autoridades que se deslocassem à Rússia para participar das comemorações.
Nesse contexto, espera-se a chegada do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, a Moscou no próximo dia 8 para participar do evento. A primeira-dama do Brasil, Janja Lula da Silva, já está em solo russo.
