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Papa Francisco foi “voz da justiça social aos marginalizados”, diz secretário-geral da ONU

Secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, prestou homenagem ao falecido Papa Francisco

O secretário-geral da ONU, António Guterres, relembrou da visita histórica do Papa Francisco, em 2015, à sede das Nações Unidas

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, prestou homenagem ao Papa Francisco. O pontífice morreu nesta segunda-feira (21), aos 88 anos. O anúncio foi feito pelo cardeal Kevin Farrell, camerlengo do Vaticano.

“O Papa Francisco foi uma voz transcendente em prol da paz, da dignidade humana e da justiça social”, afirmou António Guterres em mensagem sobre o falecimento do papa Francisco.

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O secretário-geral das Nações Unidas escreveu ainda que o pontífice deixa um legado de fé, serviço e compaixão por todas as pessoas, em especial, aquelas deixadas à margem da sociedade ou “presas pelos horrores do conflito”.

“O Papa Francisco foi um homem de fé para todas as religiões - trabalhando com pessoas de todas as crenças e origens para iluminar um caminho a seguir”, continua o líder da ONU.

De acordo com António Guterres, as Nações Unidas foram inspiradas pelo compromisso do pontífice com as metas e os ideais da ONU. O secretário-geral ainda ressaltou que transmitiu essa mensagem em reuniões com ele.

O líder da ONU lembrou ainda da visita histórica do papa Francisco à sede das Nações Unidas. Na ocasião, o pontífice falou sobre o ideal da organização de uma “família humana unida”.

“O Papa Francisco também entendeu que proteger nossa casa comum é, no fundo, uma missão e uma responsabilidade profundamente moral que pertence a todas as pessoas. Sua Encíclica Papal - Laudato Si - foi uma grande contribuição para a mobilização global que resultou no histórico Acordo de Paris sobre mudança climática”, relembra António Guterres.

O secretário-geral das Nações Unidas lembrou de uma afirmação do papa que lembrou que o futuro da humanidade não está apenas nas mãos de políticos, de grandes líderes, de grandes empresas, mas “nas mãos das pessoas que reconhecem o outro como um ‘você’ e a si mesmas como parte de um ‘nós’”.

“Nosso mundo dividido e discordante será um lugar muito melhor se seguirmos seu exemplo de unidade e compreensão mútua em nossas próprias ações. Ofereço minhas mais profundas condolências aos católicos e a todas as pessoas do mundo inteiro inspiradas pela vida e pelo exemplo extraordinários do Papa Francisco”, finaliza António Guterres. (com informações da AFP)

*Estagiária sob supervisão de Enzo Menezes

Rebeca Nicholls é estagiária do digital da Itatiaia com foco nas editorias de Cidades, Brasil e Mundo. É estudante de jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UNIBH). Tem passagem pelo Laboratório de Comunicação e Audiovisual do UniBH (CACAU), pela Federação de Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg) e pelo jornal Estado de Minas