Hong Kong, região autônoma da China, é a cidade que concentra a maior população “ultrarrica” do mundo, superando Nova York (EUA) que teve queda de 23% em 2022.
O levantamento World Ultra Wealth Report (Relatório Mundial de Riqueza Ultra Alta), feito pela Wealth-X em 2023, revela os dez destinos que atraem mais pessoas com patrimônio superior a 30 milhões de dólares.
As metrópoles do ranking abrigam cerca de 15% do conjunto da classe econômica, e são majoritariamente classificadas como “cidades globais”, que atraem oportunidades de negócios.
As principais se concentram na China e nos Estados Unidos, as duas maiores economias do mundo, que ocupam seis dentre as dez posições do ranking.
A Wealth-X, empresa global de inteligência de mercado, também fez o levantamento dos 10 países com maior população ultrarrica e o desempenho regional de cada continente nesse quesito; confira abaixo!
China x EUA
A China e os Estados Unidos lideram as primeiras colocações da lista das cidades com maior concentração das pessoas com patrimônio superior a US$ 30 milhões, em 2022.
Os EUA domina metade da lista, com cinco cidades: Nova York, Los Angeles, São Francisco, Chicago e Washington DC.
O levantamento indica que, em 2022, os EUA tinha uma população de 129.665 ultrarricos.
Apesar disso, o número de milionários nos Estados Unidos tem diminuído nos últimos anos, contribuindo para a redução global da classe.
Segundo o levantamento, em 2022, a população de altíssimo patrimônio líquido nos EUA registrou uma queda de 7,1%. Nova York, em particular, experimentou uma redução significativa de 23% em comparação a 2021
Na liderança, Hong Kong é a única cidade chinesa no ranking, com crescimento de 2,3% em 2022, habrigando cerca de 12 mil ultrarricos. Região Administrativa Especial (RAE) da China, o local possui um alto grau de autonomia em relação ao governo comunista e oferece ambiente econômico mais favorável para os empresários.
Tóquio e Cingapura são outras gigantes asiáticas presentes na lista. Confira!
As 10 principais cidades que habitam os milionários (com a taxa de variação anual):
- Hong Kong: 12.615 (+2,3%)
- Nova York: 11.845 (-23,0%)
- Londres: 6.370 (-3,6%)
- Los Angeles: 6.205 (+1,0%)
- São Francisco: 4.385 (+0,5%)
- Chicago: 4.235 (+3,8%)
- Cingapura: 4.235 (+13,4%)
- Paris: 3.995 (-18,1%)
- Tóquio: 3.710 (-27,0%)
- Washington DC: 3.465 (+0,1%)
Cidades Globais
A distribuição da classe mudou ao longo da última década, mas as cidades globais continuam sendo a principal escolha dos milionários.
Esses centros urbanos são considerados pontos-chave no cenário internacional, com grande influência política e econômica, embora não sejam necessariamente as cidades mais populosas do mundo.
A oportunidades de negócios, cultura, imóveis, educação e estilo de vida são os principais fatores que atraem a classe para essas cidades.
Em média, houve uma queda de 8% na população ultrarrica nas 10 principais cidades em 2022, superando a média global de 5,4% no mesmo período
Países com maior concentração de ultrarricos
Os 10 países abrigam quase três quartos (75%) da população global ultrarica. EUA, China e Alemanha juntos representaram 50% dessa parcela.
Quedas no conjunto da classe foram observadas em todos os países do ranking, exceto na Índia, que teve um aumento de 3%
Ranking dos 10 países com maior população ultrarrica:
- Estados Unidos: 129.665 (-7,1%)
- China: 47.190 (-4,3%)
- Alemanha: 19.590 (-9,3%)
- Japão: 14.940 (-21,9%)
- Reino Unido: 14.005 (-9,2%)
- Canadá: 13.320 (-1,3%)
- Hong Kong: 12.615 (-23%)
- França: 11.980 (-11,9%)
- Itália: 8.930 (-7,8%)
- Índia: 8.880 (+3,2%)
Desempenho Regional, de acordo com a Wealth-X:
- Ásia: queda de 11% na população com patrimônio líquido elevado.
- América do Norte: contração local de 4%, mas sua participação global aumentou para 36%.
- Europa: redução de 7,1%, afetada pela invasão da Ucrânia e choques inflacionários e energéticos.
- Oriente Médio: crescimento sólido em população e riqueza UHNW (15,7% de aumento).
- América Latina e Caribe: crescimento robusto pelo segundo ano consecutivo (17,5% na população, 13,8% na riqueza).
- Pacífico e África: quedas de 4,6% e 4,4%, respectivamente, devido a pressões de financiamento e inflação.
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