Subiu para 122 o número de mortos em decorrência dos incêndios florestais na região de Valparaíso, no Chile. Somente 32 desses foram identificados pelo Serviço Médico Legal.
Segundo a diretora do Serviço Médico Legal, Marisol Prado, vão começar as coletas de amostras de DNA de familiares que denunciaram o desaparecimento de parentes, além dos exames biométricos que já estão sendo realizados.
Dada a dificuldade de acesso às áreas afetadas pelo fogo, o Governo do Chile estabeleceu toque de recolher nas regiões de Viña del Mar, Quilpué, Limache e Villa Alemana. O governo pede para que a população evite sair de casa e utilizar veículos a fim de não gerar congestionamentos que possam impedir a passagem de equipes de emergência.
Incêndio no Chile
Cerca de 26 mil hectares de florestas e bairros residenciais inteiros foram queimados em quatro dias. Ao todo, 1400 bombeiros lutam contra as chamas, com a ajuda de 1300 militares. Centenas de pessoas continuam desaparecidas.
Outro ponto que tem chamado atenção, é a temperatura. No Chile, os termômetros estão chegando a 40 °C, o que dificulta ainda mais o combate as chamas.
De acordo com o presidente do Chile, esse é um dos piores desastres naturais desde 2010, quando um terremoto, seguido de um tsunami, deixou cerca de 500 mortos. Os incêndios florestais se iniciaram na última sexta-feira (2), e as regiões de Valparaíso e Viña del Mar, dois pontos turísticos procurados, são uma das áreas mais atingidas.
A maior parte do fogo estava se espalhando na região costeira de Valparaíso, onde vivem quase um milhão de pessoas, e onde ficam a sede do Congresso e um dos principais portos do país.
“Estamos juntos, todos nós, combatendo a emergência. A prioridade é salvar vidas”, disse Boric em uma mensagem à nação, acrescentando que havia decidido manter o toque de recolher e reforçar a presença militar nas áreas mais afetadas.
Além de Valparaíso, o fogo estava ativo nas regiões centrais de O’Higgins, Maule e Ñuble e na região sul de La Araucanía.
Boric disse que havia decretado um período de luto nacional de dois dias a partir desta segunda-feira (5) “porque todo o Chile está sofrendo e chorando nossos mortos”.
O incêndio também forçou o fechamento da refinaria Aconcágua, a segunda maior do país, localizada a cerca de 15 quilômetros ao norte da cidade costeira de Viña del Mar, que foi fortemente afetada pelos incêndios.
*Com informações de CNN e Talyssa Lima
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