Ao menos 94 pessoas foram detidas nesta quarta-feira (31) após ocuparem o maior mercado atacadista da Europa, em meio aos protestos de agricultores que “sacode” a França há dias.
Na tarde de hoje (31), 79 pessoas foram detidas após invadirem e provocar destruições na área de armazenamento do mercado de Rungis, próximo a Paris.
As prisões se somam às outras 15, que foram registradas horas antes, também nas imediações de Rungis, crucial para o abastecimento de frutas e verduras da capital francesa.
🇫🇷 A polícia francesa deteve hoje pelo menos 18 agricultores à porta do mercado alimentar de Rungis, perto de Paris, confiscando os seus tractores. pic.twitter.com/BMLL5oMsbh
— geopol.pt (@GeopolPt) January 31, 2024
Onda de protestos
A França vive uma onda de protestos de agricultores, que pedem auxílios de emergência e acusam a União Europeia de ser responsável pela crise do setor com importações de países de fora do bloco.
Além da concorrência internacional, os produtores rurais reclamam dos custos de produção elevados, principalmente os preços dos insumos, como fertilizantes, combustíveis e sementes.
As regulações ambientais também incomodam o setor, pelo aumento dos custos e a limitação das atividades.
Um vídeo de manifestantes jogando esterco na sede da prefeitura da cidade de Creuse, no departamento de Somme, circula nas redes sociais nos últimos dias.
Até as 16h50 locais (12h50 em Brasília), dezenas de agricultores, entre eles alguns integrantes do sindicato Coordenação Rural, ocuparam o armazém de Rungis.
Uma frota de 200 a 300 tratores partiu na última segunda-feira (29) do Sudoeste da França rumo ao Norte. Segundo o ministro do Interior, Gérald Darmanin, havia nesta quarta-feira (31) mais de 100 pontos de bloqueio na França e cerca de 10.000 manifestantes espalhados pelo país.
Os protestos afetam outros países europeus, como Alemanha, Polônia, Romênia, Bélgica e Itália. Na terça-feira (30), os sindicatos agrícolas espanhóis anunciaram que se juntarão ao movimento.
*Com informações da AFP
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