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Quem bombardeou hospital e matou mais de 500 pessoas? Israel e Hamas trocam acusações

Fundado em 1882, o Ahli Arab é o hospital mais antigo de Gaza. O seu nome significa ‘hospital do povo árabe’

Médicos de hospital atacado em Gaza fazem coletiva de imprensa em meio a corpos

Foguetes foram lançados e atingiram o hospital Ahli Arab, matando ao menos 500 pessoas, na cidade de Gaza, na Faixa de Gaza, nesta terça-feira (17). Entenda as diferentes versões apresentadas pelas autoridades palestinas e israelenses.

O que diz a palestina

Ministério da Saúde de Gaza denunciou “crime de guerra”. “O hospital abrigava centenas de doentes e feridos, assim como pessoas deslocadas à força”, por causa dos bombardeios, disse o ministério. Segundo o Hamas, a maioria dos mortos é de pessoas que estavam desabrigadas - civis que não tinham para onde ir e estavam abrigadas na unidade.

O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, decretou luto nacional de três dias em territórios palestinos — a Faixa de Gaza e a Cisjordânia — e chamou o ataque de “massacre em hospital”.

Momentos depois, Ashraf al-Qidra, porta-voz da pasta, afirmou que ao menos 500 pessoas teriam morrido. A Secretaria de Comunicação das autoridades do enclave denunciou um “crime de guerra”.

“O hospital abrigava centenas de doentes e feridos, assim como pessoas deslocadas à força”, por causa dos bombardeios, disse o ministério. Segundo o Hamas, a maioria dos mortos é de pessoas que estavam desabrigadas - civis que não tinham para onde ir e estavam abrigadas na unidade.

Fundado em 1882, o Ahli Arab é o hospital mais antigo de Gaza. O seu nome significa “hospital do povo árabe”. A instituição estima que cerca de 45 mil pessoas são atendidas anualmente na unidade.

O que diz Israel

Em nota, publicada nas redes sociais, as Forças de Defesa de Israel negam a autoria e acusam a Jihad Islâmica, um grupo terrorista ligado ao Hamas, pela responsabilidade.

“A partir da análise dos sistemas operacionais das Forças de Defesa de Israel, foi lançada uma barragem de foguetes inimigos em direção a Israel que passou nas proximidades do hospital, quando este foi atingido. De acordo com informações de inteligência, de diversas fontes de que dispomos, a organização Jihad Islâmica Palestina (JIP) é responsável pelo lançamento fracassado que atingiu o hospital”, escreveram as Forças de Defesa de Israel.

Em outro comunicado, divulgado mais cedo, Israel afirmou que hospitais não são alvos dos ataques e disse que o caso seria investigado.

“As Forças de Defesa de Israel estão investigando a fonte das explosões, e, como sempre, está priorizando a precisão e a confiabilidade. Nós pedimos a todos que tenham cautela”, dizia a nota.

*com informações da AFP

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