O presidente russo Vladimir Putin afirmou neste sábado (24) que os mercenários do grupo paramilitar conhecido como “Milícia Wagner” traíram a rússia. “Uma punhalada nsa costas de nosso país e de nosso povo”, afirmou.
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Na sexta-feira, o líder do grupo paramilitar, Yevgeny Prigozhin, acusou o Ministério da Defesa da Rússia de ter atacado um de seus acampamentos e ter matado vários soldados. Ele sempre manteve relação próxima com o Kremlin, mas prometeu que o engano russo será respondido.
O grupo Wagner surgiu oficialmente em 2014, formado por ex-soldados, civis e prisioneiros russos. As primeiras ações da milícia de mercenários aconteceram na região do Donbass, no leste da Ucrânia e na península da Criméia.
O nome do grupo faz uma referência ao apelido do primeiro comandante, Dmitry Utkin, um coronel aposentado das forças especiais do Exército russo. Ele ficou conhecido por adotar táticas brutais durante combate.
Utkin é um militar veterano, que atuou nas duas guerras da Chechênia. Depois de se aposentar do Exército russo, ele se juntou a grupos eslavos que atuaram na guerra civil da Síria, entre 2011 e 2013, foi quando organizou pela primeira vez as milícias paramilitares.
Ligação nazista
Alguns relatos apontam que Utkin seria um adepto da ideologia nazista e apaixonado pela história do Terceiro Reich, a Alemanha de Adolf Hitler. Seu apelido seria uma homenagem ao maestro e compositor alemão Richard Wagner.
O compositor alemão não viveu no século de Hitler, mas foi apontado pelo regime nazista como exemplo da superioridade do intelecto alemão.
O grupo Wagner tem atuado de forma decisiva na guerra da Ucrânia, levantamentos extra oficiais apontam que o grupo tem mais de 25 mil combatentes.
Desde 2021 o Conselho da União Europeia impôs medidas contra Utkin e outras lideranças do grupo paralimitar. Utkin foi acusado de ser “responsável por graves abusos aos direitos humanos”, com torturas e execuções sumárias.