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Tripulantes do submarino teriam morrido de forma rápida; entenda o que pode ter acontecido com os corpos

Passageiros não teriam tempo de sentir dor porque o fenômeno da implosão é instantâneo

A embarcação Titan estava a uma pressão equivalente a 400 vezes a pressão atmosférica

Após a Guarda Costeira dos Estados Unidos encontrar os destroços do submarino Titan nesta quinta-feira (22), a empresa responsável pela embarcação, OceanGate, afirmou que os cinco tripulantes que estavam a abordo morreram devido à implosão do veículo.

De acordo com Thiago Pontin Tancredi, engenheiro naval e professor da Universidade Federal de Santa Catarina, os passageiros morreram de forma rápida porque a implosão é um fenômeno instantâneo. “Dificilmente esses tripulantes terão tempo de sentir alguma coisa. No momento em que o casco começar a amassar ele explode instantaneamente.”, esclareceu, em entrevista à Itatiaia.

Veja o vídeo:

“Provavelmente os ossos vão resistir (...). As possibilidades são remotas conseguir recuperar alguma coisa que a gente pudesse ter esperança. Certamente os corpos estarão bem mutilados, porque o metal vai adentrar os corpos”, informou o especialista em projetos estruturais de submarinos.

Pressão

A embarcação Titan estava a uma pressão equivalente a 400 vezes a pressão atmosférica - ou seja, como se o ar com que temos contato fizesse 400 vezes mais força na embarcação. "É mais ou menos como se um elefante tivesse apoiado a cada cinco centímetros da embarcação”, explica o especialista.

Estavam presentes na expedição: Henry Nargeolet, ex-comandante da marinha francesa, Stockton Rush, presidente executivo e fundador da OceanGate Expeditions, Hamish Harding que têm três recordes mundiais do Guinness e Shahzada e Sulaiman Dawood, empresário e filho paquistaneses que moravam no Reino Unido.

Destroços da embarcação

O especialista também afirma que as chances de se recuperar os destroços de implosões são muito difíceis. “Certamente não será possível recuperar o submarino, né no sentido daquilo que se entende né recuperar fuselagem dele”

“A parte de titânio submarino provavelmente vai se comportar como aço e vai ficar retorcida. Então é esperado de se encontrar sessões titânio retorcidas”, explicou.

(Sob supervisão de Lucas Borges)

Ana Luisa Sales é jornalista formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Na Itatiaia desde 2022, já passou por empresas como ArcelorMittal e Record TV Minas. Atualmente, escreve para as editorias de cidades, saúde e entretenimento