O triste fim dos ocupantes do submersível da empresa privada OceanGate, com a confirmação da Guarda Costeira dos Estados Unidos da morte de todos os tripulantes após um processo de implosão, remete a outras tragédias ocorridas no fundo do mar ao longo da história.
Indonésia, 2021
Em 2021, um submarino da Indonésia naufragou, levando as 53 pessoas a bordo à morte. O submarino foi encontrado a 800 metros de profundidade, separado em três partes. De acordo com as autoridades, não houve explosão. O submarino teria perdido o controle e afundado. A pressão da água o teria partido em três. Na época, as investigações também mostraram que o submarino era antigo, com mais de 40 anos, estava precário e em péssimo estado de conservação.
Rússia, 2019
Em 2019, um incêndio a bordo do submarino russo feito para pesquisas, conhecido como Losharik, vitimou 14 tripulantes, mas cinco conseguiram sobreviver. O submarino também foi recuperado e reparado. Ao que parece, o Losharik era um projeto ultrassecreto, de um pequeno submarino preso a uma estrutura maior para missões de resgate ou espionagem.
Argentina, 2017
Um dos casos mais assustadores dos últimos anos foi o desaparecimento do submarino argentino Ara San Juan, em 2017, durante uma patrulha marítima. Após semanas de esforços de busca e resgate, foi declarado perdido junto com as 44 pessoas a bordo. Seus destroços foram descobertos no ano seguinte em cerca de 900 metros de profundidade.
Depois da descoberta do local do afundamento, foram liberadas, pelo Ministério de Defesa da Argentina, diversas imagens que mostram o casco deformado pela altíssima pressão e partes que se separaram do submarino, como o eixo com as hélices. O submarino também era antigo, tendo sido construído em 1985.
Fronteira entre Noruega e Rússia, 2000
No ano 2000, o submarino nuclear russo K-141 Kursk com mísseis sofreu duas explosões na proa em afundou no mar de Barents, pertencente à fronteira entre Noruega e Rússia. Todos os 118 tripulantes morreram. Construído em 1994 e considerado moderno, o submarino possuída dois reatores nucleares. Quando aconteceu o acidente as autoridades da Rússia só aceitaram a ajuda dos noruegueses e britânicos quatro dias depois. A justificativa era a necessidade de se preservarem os segredos militares do submarino nuclear.
Estados Unidos, 1968
O submarino de ataque Scorpion, da marinha dos Estados Unidos, desapareceu no Oceano Atlântico em 1968, com 99 homens a bordo. Movido a energia nuclear, o submarino pertencia à Frota do Atlântico e estava programado para transmitir uma mensagem criptografada, impedindo que os russos a interceptassem. Mas o destino trágico o levou ao desaparecimento.
Os destroços foram encontrados a cerca de 400 milhas (644 km) a sudoeste das ilhas dos Açores, a mais de 3.050 metros abaixo da superfície. Existem várias teorias para o desastre: o lançamento acidental de um torpedo que circulou de volta e atingiu o Scorpion; uma explosão da enorme bateria do submarino, até mesmo uma colisão com um submarino soviético.
Guerra da Secessão, 1864
Durante a Guerra Civil Norte-Americana, também conhecida como Guerra da Secessão, aconteceu o primeiro acidente fatal envolvendo um submarino de que se tem notícia, em 1864. O submarino possuía apenas 12 metros de comprimento, com uma hélice acionada manualmente pelos músculos dos marinheiros.
O nome do primeiro submarino a afundar um navio era o H.L. Hunley. Depois de dois naufrágios, ele conseguiu êxito na terceira tentativa. Em 17 de fevereiro de 1864, o Hunley aproximou-se do vapor USS Housatonic e detonou o ataque. O navio federal afundou rapidamente, tornando-se o primeiro navio de guerra a se perder num ataque de submarino. Mas o submarino desapareceu.
O mistério permaneceu até 1955, 131 anos depois do feito guerreiro. Ao ser descoberto, perceberam que os tripulantes estavam em seus respectivos lugares. Numa cena macabra, seus esqueletos continuavam na mesma posição. Segundo o estudos, com o choque contra o costado do USS Housatonic os tripulantes desmaiaram. E sem a força de seus músculos, o submarino foi para o fundo do mar.