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Madeleine McCann: policial diz que alemães ‘claramente sabem de algo’ em 1º dia de buscas por menina desaparecida há 16 anos

Polícia alemã confirma ter recebido pistas que justificam a nova operação, que pode durar dois dias ou mais

Madeleine McCann desapareceu em maio de 2007

Um policial está confiante que as novas buscas por Madeleine McCann revelarão o que realmente aconteceu com a menina no dia 3 de maio de 2007 - última vez que ela foi vista. À imprensa britânica, um agente disse que a polícia alemã “claramente sabe de algo”.

A declaração foi feita horas após o início das buscas por Madeleine, que começaram nesta terça-feira (23). “Do meu ponto de vista, a polícia alemã claramente sabe alguma coisa. Eles têm um certo nível de confiança quando falam sobre o suspeito e a morte de Madeleine”, relatou o policial Jim Gamble ao The Mirror.

A criança desapareceu em um apartamento de férias na Praia da Luz, em Portugal, região onde o principal suspeito Christian Brückner passou naquele dia. A prova foi obtida por meio do aparelho de celular dele.

As novas investigações tiveram início após pedido da polícia alemã. Nesta terça, a polícia portuguesa fez extensas buscas nos arredores da barragem do Arade, que fica perto da Praia da Luz. O reservatório é considerado o local preferido de Christian.

Em declaração, os promotores alemães disseram que estão trabalhando com as autoridades policiais portuguesas com o apoio de oficiais do Departamento Federal de Polícia Criminal [alemão] após denúncias. “Estamos investigando em Portugal com base em algumas pistas”, comentou o promotor alemão Christian Wolter.

“Não posso divulgar os antecedentes no momento, como por que estamos procurando lá e o que esperamos encontrar lá. Isso permanecerá nosso segredo no momento”, completou.

Principal suspeito

Christian Brückner está detido em uma prisão alemã após estuprar uma turista no mesmo resort onde Madeleine desapareceu. Sobre a criança, ele nega estar envolvido no desaparecimento dela. O local onde as buscas estão sendo realizadas nesta terça era chamado por ele de “seu pequeno paraíso” e ele era visto lá com frequência.

Na casa de Christian, também foram encontradas pela polícia fotos de reservatório, conforme noticiou o Mirror. Outras denúncias também foram recebidas pela corporação, que dão base para uma nova investigação na região.

O policial Jim Gamble pede que pessoas que estiveram na região há 16 anos pensem: “Será que vi alguma coisa?”. SIC, uma emissora de TV portuguesa, disse que os “investigadores sabem que o suspeito Christian Brückner costumava vir a esta barragem regularmente”.

Em 2008, duas operações foram realizadas no local por um advogado particular português. Para o policial, agora é diferente. “A polícia alemã agora tem linhas ativas de investigação e avanço da tecnologia. Qualquer busca em terra ou mesmo qualquer coisa encontrada na água pode ser interrogada forense de maneiras que não seriam tão fáceis 16 anos atrás”, disse ele.

Gamble acredita que, mesmo que encontrem o “menor e minúsculo fragmento de osso”, os novos avanços do DNA produziriam uma identidade.

A TV portuguesa completou: “Quaisquer vestígios biológicos provavelmente desapareceram por causa dos cursos de água na área, mas os investigadores podem estar à procura de outros elementos, como objetos ou roupas que possam servir de prova”.

Mega operação

Conforme o Mirror, serão dois dias de buscas nas proximidades da Barragem do Arade, em Silves, em Portugal, na tentativa de encontrar alguma pista sobre a menina. Desde junho de 2014, esta será a primeira grande operação para achar Madeleine - que completou 16 anos de desaparecimento no dia 3 de maio.

A ação envolve cães farejadores na detecção de corpos e radares de penetração no solo. Além disso, mergulhadores experientes devem explorar a água da represa e escavações também serão feitas na floresta. Neste local, uma pessoa viu uma mulher entregar Madeleine supostamente para um homem dois dias após ela ter desaparecido. Em fevereiro e março de 2008, a área chegou a ser revistada por mergulhadores contratados por um advogado português.

À época, duas sacolas com ossos pequenos foram encontradas durante a segunda busca. Porém, foi descartada a possibilidade de os ossos serem humanos devido ao seu tamanho.

Patrícia Marques é jornalista e especialista em publicidade e marketing. Já atuou com cobertura de reality shows no ‘NaTelinha’ e na agência de notícias da Associação Mineira de Rádio e Televisão (Amirt). Atualmente, cobre a editoria de entretenimento na Itatiaia.