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Bispo acusa freira de fazer sexo com padre e é processado em R$ 5 milhões; entenda

Grupo de freiras carmelitas descalças acusam o bispo de ser ‘pura maldade’ e ter invadido o mosteiro

Membros da igreja católica estão envolvidos em processo

Um bispo do Texas fechou um mosteiro acusando a Madre Superior do local de fazer sexo com um padre. O grupo de freiras carmelitas descalças de Arlington, no mesmo estado, acusam o bispo de ser “pura maldade” e o processam por US$ 1 milhão, cerca de R$ 5 milhões.

As freiras alegam que o bispo Michael Olson, da diocese de Forth Worth, ordenou que computadores e um telefone do local fossem apreendidos. O religioso ainda teria proibido padres de celebrar missas no mosteiro, alegando que a Madre Superior Teresa Agnes Gerlach quebrou o voto de castidade com um padre. As informações são da Catholic News Agency.

O processo relata que Olson teria invadido o mosteiro em abril, quando começou a interrogar Gerlach sobre uma “grave má conduta”. A alegação era baseada em um relatório que dizia que a Madre “cometeu pecados contra o Sexto Mandamento e violou o voto de castidade com um padre”.

A diocese diz que ela admitiu o caso, mas a versão é negada pelo advogado das freiras, Matthew Bbobo. Em comunicado à CNA, o advogado relatou que a freira, que usa cadeira de rodas, passou por um procedimento cirúrgico e estava sob efeito de medicação pesada.

O processo alega que o bispo e a diocese violaram a lei civil e católica durante a investigação. O bispo teria restringido locais a freira pode comer e a proibiu de utilizar o telefone. Ainda, ela foi acusada de violar a regra de uso do telefone e ameaçou retirá-la do cargo em caso de outra violação.

Além de pedir US$ 1 bilhão, as irmãs solicitam que o bispo e a diocese devolvam as propriedades retiradas do local e interrompam vigilâncias de tecnologia e comunicação. “O mosteiro é uma entidade religiosa autônoma e responde apenas ao Vaticano/Santa Sé", diz o advogado.

A diocese pede ao tribunal que o processo seja arquivado sob o argumento de que “tribunas civis não podem julgar disputas eclesiásticas”. Um porta-voz se recusou a comentar sobre o processo.

Maria Clara Lacerda é jornalista formada pela PUC Minas e apaixonada por contar histórias. Na Rádio de Minas desde 2021, é repórter de entretenimento, com foco em cultura pop e gastronomia.