O presidente da Argentina, Alberto Fernández, não vai concorrer à reeleição neste ano. Ele anunciou a decisão nesta sexta-feira (21), por meio de um vídeo publicado em sua conta oficial no Twitter.
Fernández foi eleito em 2019. Ele é apoiado pela coalizão “Frente de Todos”, que segue os ideais peronistas. A vice-presidente, Cristina Kirchner, é do mesmo grupo político. A frente peronista é liderada pelo Partido Justicialista, presidido exatamente por Fernández.
“Dez de dezembro de 2023 é o dia exato em que completaremos 40 anos ininterruptos de democracia. Nesse dia, entregarei a faixa presidencial a quem tiver sido legitimamente eleito nas urnas, pelo voto popular. Trabalharei fervorosamente para que seja um companheiro ou companheira de nosso grupo político”, disse o presidente argentino.
O país sul-americano enfrenta crise financeira e lida com problemas inflacionários. Fernández reconheceu as dificuldades, mas afirmou que a Argentina é “protagonista do destino latino-americano”
“É claro que não concretizamos tudo o que propusemos. Nos doem as famílias em condição de pobreza, os baixos rendimentos e os projetos e sonhos que não pudemos concretizar. Porém, apesar de tantas dificuldades, tenho uma certeza: não tomei sequer uma medida contra nosso povo”, garantiu.
Fernández conseguiu aglutinar forças de centro-esquerda e de esquerda ao longo de sua campanha eleitoral de 2019. Ele substituiu Mauricio Macri, presidente que atua à direita. Macri, aliás, também já disse que não vai disputar o pleito deste ano.
Apesar da decisão, o atual presidente afirmou não enfrentar problemas internos na “Frente de Todos”.
“Não tenho, na Frente de Todos, sequer um adversário. Ao contrário: reconheço neles e nelas um destino comum. Os adversários são os que devemos enfrentar nas eleições gerais”.
A eleição argentina está agendada para acontecer em 22 de outubro.
Fernández e o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) têm boa relação. Foi com o argentino, aliás, que o petista fez