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Macron promulga reforma da Previdência, apesar de protestos

Presidente francês sanciona, na madrugada, lei que aumenta idade de aposentadoria no país

Emmanuel Macron promulga reforma da Previdência que aumenta idade mínima para aposentadoria de 62 para 64 anos

O presidente francês, Emmanuel Macron, promulgou, na madrugada deste sábado (15), sua impopular reforma da Previdência, uma “provocação” para os sindicatos e para a oposição, após três meses de um conflito social que deve continuar.

“Uma lei promulgada à noite, como os ladrões”, reagiu o líder comunista, Fabien Roussel.

“Que provocação! Nova fanfarrice de Emmanuel Macron em um momento em que o país nunca esteve tão fraturado”, tuitou Marine Tondelier, dos Verdes.

O gabinete de Macron anunciou que o chefe de Estado se dirigirá em pronunciamento à Nação em discurso na noite de segunda-feira, para fazer, segundo o porta-voz do governo, Olivier Véran, um “balanço” dos três meses de crise, “em uma lógica de apaziguamento”.

Na sexta-feira à tarde, o Conselho Constitucional francês validou o adiamento da idade de aposentadoria de 62 para 64 anos até 2030, assim como a antecipação para 2027 da exigência de se contribuir durante 43 anos, e não 42, para receber uma pensão integral.

Embora isto represente uma “vitória legal” para o presidente liberal, de 45 anos, a imprensa considerou, de forma unânime, neste sábado, que se trata de uma vitória cara e de “um desastre para a nação”, especialmente em meio à rejeição da maioria dos franceses.

Os sindicatos advertiram que a França vive uma “crise democrática”, depois que o presidente decidiu, em meados de março, adotar por decreto sua impopular lei, temendo perder a votação no Parlamento. Macron não tem maioria absoluta na Casa.

AFP
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