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Atirador de Paris admite 'ódio patológico’ aos estrangeiros

Ele foi inicialmente a Saint-Denis, uma localidade com grande população migrante, mas desistiu porque havia poucas pessoas

O homem de 69 anos acusado de matar três curdos na sexta-feira em Paris seguiu em um primeiro momento para uma área do subúrbio ao norte da capital “para cometer assassinatos” contra estrangeiros, anunciou neste domingo (25) a procuradora de Paris.

O suspeito “explicou que foi durante a manhã a Saint-Denis com sua arma e munições para cometer assassinatos contra estrangeiros”, afirmou a procuradora Laure Beccuau em um comunicado. Saint-Denis é uma localidade ao norte de Paris que tem uma grande população migrante.

Ele “desistiu (...) porque havia poucas pessoas e por causa da roupa que usava, que impossibilitava recarregar sua arma com facilidade”, acrescentou a procuradora. Durante a detenção, o homem admitiu que sente um "ódio pelos estrangeiros que se tornou completamente patológico”.

O suspeito, que foi transferido no sábado para a enfermaria psiquiátrica da polícia, se descreveu como uma pessoa “depressiva” e com tendências “suicidas”, acrescenta a nota. Ele também afirmou que, desde que foi vítima de um assalto a sua residência em 2016, “sempre” teve o desejo de “assassinar migrantes, estrangeiros”.

O homem, um condutor de trem aposentado, abriu fogo várias vezes diante de um centro cultural curdo no centro de Paris. Várias pessoas conseguiram imobilizá-lo antes da chegada da polícia.

O atirador foi detido com “uma maleta com dois ou três carregadores repletos e uma caixa de cartuchos calibre 45 com pelo menos 25 cartuchos dentro”, segundo uma fonte próxima ao caso. Três pessoas, dois homens e uma mulher, morreram e três ficaram feridas, uma delas em estado grave, no ataque.

AFP
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