Um homem, de 42 anos, investigado por uma série de crimes violentos em Itacarambi, foi preso preventivamente pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) nesta terça-feira (23). A medida foi determinada pela Justiça após o aprofundamento das investigações, que identificaram indícios de premeditação, extorsão mediante violência e um padrão recorrente de comportamentos agressivos praticados pelo suspeito em locais públicos.
De acordo com a PCMG, a decisão judicial levou em consideração a gravidade dos fatos apurados e o risco de continuidade das ações violentas. A delegada Natália Moura, responsável pelo inquérito, destacou que a prisão foi necessária para conter a escalada de violência e garantir a segurança da comunidade. “No início, tratamos o caso como um episódio de menor potencial ofensivo. Mas, com o avanço das apurações, ficou evidente que não se tratava de um fato isolado. Houve planejamento, repetição de condutas e uso de violência extrema. A prisão foi fundamental para evitar novas agressões, proteger a vítima e assegurar que a investigação prosseguisse sem interferências”, afirmou.
O inquérito teve início após um ataque ocorrido em 14 de novembro deste ano, quando a vítima estava sentada em um bar da cidade e foi surpreendida por dois agressores. Sem qualquer discussão prévia, eles desferiram socos, chutes, cadeiradas e golpes com capacete, em plena via pública e diante de várias testemunhas. Inicialmente registrada como vias de fato, a ocorrência foi reclassificada após a coleta de depoimentos e análise de provas que indicaram que o ataque havia sido planejado com o objetivo de intimidar e constranger a vítima.
Durante as investigações, a Polícia Civil também apurou que o suspeito tem histórico de agressões a desafetos em locais públicos, com registros em vídeo divulgados em redes sociais para humilhar vítimas e intimidar terceiros. Em julho de 2025, ele já havia se envolvido em episódio semelhante, que resultou em processo por extorsão mediante violência. O investigado acumula ainda registros policiais por crimes como tortura, ameaça, injúria, difamação, furto, crimes ambientais, tráfico de drogas e infrações de trânsito.
Segundo a PCMG, após o ataque mais recente e a intimação para prestar esclarecimentos, o homem passou a publicar vídeos com ataques pessoais ao investigador responsável pelo caso, numa tentativa de desacreditar o trabalho policial e interferir nas apurações. O cumprimento do mandado de prisão contou com o apoio da Polícia Militar. Após os procedimentos de praxe na delegacia, o suspeito foi encaminhado ao sistema prisional, onde permanece à disposição da Justiça.