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UFJF divulga exposições que vão ocupar galerias de arte do campus

Mostras contemplam diversidade cultural, povos indígenas, ações afirmativas e sustentabilidade

Exposições ficarão expostas na casa-sede do Jardim Botânico (Foto Alexandre Dornelas/UFJF)

A Pró-reitoria de Cultura (Procult) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) divulgou os resultados finais dos editais de ocupação das galerias de arte do Jardim Botânico e da Reitoria. As mostras ficarão abertas ao público até agosto de 2026.

Ao todo, foram selecionadas quatro propostas para as galerias Tlegapé, Mehtl’on e Tchóre, na Casa-Sede do Jardim Botânico, e sete propostas para a Galeria Helio Fádel, localizada no corredor frontal da Reitoria do campus-sede.

Segundo a UFJF, a chamada pública do Jardim Botânico priorizou celebrar a ancestralidade e a cultura dos povos indígenas para ampliar a consciência ambiental e social dos cerca de 100 mil visitantes que recebe anualmente. As galerias Tlegapé, Mehtl’on e Tchóre são nomeadas com terminologias da cultura “Puri”, povo indígena que habitou a região no século XIX, e significam, respectivamente, Mata, Força e Luta.

Way Sanà-Marya Pury, proponente da exposição Uxô Gamung: Reencantamento Puri e o Sonho da Terra, é um dos contemplados no resultado final. A mostra é da modalidade coletiva e busca transmitir a diversidade dos povos indígenas, em particular do Povo Puri, pois os participantes da exposição pertencem a etnia. As obras que a compõem contam com linguagens, desde instrumentos tradicionais em fibras diversas, trama em bambu, tecelagem, pintura e literatura, até ilustração digital, músicas acessadas por escrita e QR Code, e instalação interativa.

Sobre a Galeria Helio Fádel, que receberá sete exposições ao longo dos próximos 12 meses, a previsão para inauguração da primeira exposição é 1º de outubro, com a coletiva “Muito além das palavras”, organizada por Lêda Soares, com fotografias realizadas por pessoas surdas.

As artes e artistas selecionados para a Galeria Helio Fádel são: “Rádio Corredor”, de Guilherme Liduino; “Retalhos de Mim”, de Ilka Soares; “Muito Além das Palavras”, de Lêda Soares; “Tudo o que está aqui está lá”, de Marco Raphael; “Exposição JF”, de Pedro Carriço; “É Dia de Feira”, de Rodrigo Dias; e “A Arte Construindo um Planeta Sustentável”, de Valéria Marques.

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Mayara Fernandes é natural de Juiz de Fora, graduanda em jornalismo pela Faculdade de Comunicação da UFJF. Gosta de ver filmes e ler livros. Estágiaria Web e Design Gráfico em Juiz de Fora desde abril de 2024.