Nesta terça-feira (2), o jornal Relevo, da Espanha, publicou uma série de denúncias contra a Agência Mundial Antidopagem (WADA, em inglês) e Agência Nacional Antidopagem da Espanha (CELAD, em espanhol). Segundo a publicação, dinheiro público foi utilizado para esconder testes irregulares e positivos de diversos atletas nos últimos cinco anos.
Em um dos casos, as agências esperaram o tempo máximo para notificar um teste positivo. Após o período decorrido de 365 dias, a atleta em questão recorreu ao Tribunal alegando não ter sido intimada no tempo correto e, portanto, não poderia ser punida.
O jornal também revelou um caso positivo não punido. Na oportunidade, o espanhol Patrick Chinedu Ike testou positivo para três substâncias: AAS endógeno, norandrosterona e noretiocolanolona. No entanto, o CELAD não abriu investigações e a WADA não tomou nenhuma medida.
Além desses caso, outras formas eram utilizadas para acobertar casos positivos. Aprovação do uso retroativo de Isenções de Uso Terapêutico, por exemplo. Segundo o Relevo, a WADA tinha ciência de todas as ações irregulares e não puniu nenhum dos atletas envolvidos nas questões. Por pelo menos cinco anos, a CELAD financiava testes com apenas um reagente. Assim, em caso de resultado positivo, a sanção poderia ser revertida ou anulada.
Até o momento da publicação desta reportagem, WADA e CELAD não se pronunciaram oficialmente sobre as denúncias. O Comitê Olímpico Internacional também não divulgou nenhum comunicado.