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Presidente do COB faz projeção de medalhas do Brasil em Paris'2024

Brasil vive expectativa de ter melhor desempenho em Jogos Olímpicos no próximo ano

Paulo Wanderley, presidente do COB, falou sobre os jogos de Paris no próximo ano

O Brasil já vive expectativa para a disputa dos Jogos Pan-Americanos de Santiago, no Chile, em outubro. O evento servirá como reta final de preparação do país para as Olimpíadas de Paris, na França, no próximo ano, principal objetivo esportivo do Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

E o COB já tem uma projeção de medalhas para o Brasil na próxima edição dos Jogos Olímpicos. Em entrevista ao CNN Esportes S/A, Paulo Wanderley, presidente da entidade, detalhou o que espera de conquista para o país em Paris.

“Os parâmetros para o Brasil sobre o que vai acontecer nos jogos são as competições anteriores ao evento. Os jogos Pan-americanos são realizados esse ano, os mundiais de cada modalidade, esse ano... Isso dá a visão realista do que esperar em relação a resultados.

Em 2022 tivemos uma previsão do que esperar: os resultados foram melhores do que em Tóquio 2021. Temos sempre que superar o ano anterior.

Estamos passando por um momento atípico, o outro ciclo olímpico teve 5 anos e esse terá três anos. É um período de ajustes com a preparação de atletas e parte econômica.

Mas isso foi para todo mundo. Tem algumas particularidades: alguns atletas que foram medalhistas em 2021, se os jogos tivessem sido em 2020, nem estariam classificados. Há sempre a compensação. Os técnicos tiveram que quebrar a cabeça, mas está fluindo bem”, disse.

Surfe e skate geram expectativa

Paulo Wanderley espera que o Brasil melhore os resultados dos Jogos de Tóquio, especialmente no surfe e no skate.

No surfe, o Brasil levou o ouro com Ítalo Ferreira, mas pode ter mais medalhas em Paris. Já no skate, o país teve três medalhas de prata: Rayssa Leal, Kelvin Hoefler e Pedro Barros.

“O Surfe é uma modalidade que já fazia um trabalho em termos mundiais há um tempo. Agora nossos surfistas poderão confirmar os resultados que nós tivemos em Tóquio. Assim como o skate, podemos reproduzir esse resultado e até melhorar, essa é a realidade.

O movimento de novos esportes olímpicos para atração de jovens está funcionando. Há necessidade sempre de renovação. Os esportes tradicionais têm seus espaços reservados e não caem. Mas é uma forma de dar abertura aos jovens.

A Olimpíada é muito grande e vem em um crescimento exponencial. Mas essas modalidades que entram também têm a possibilidade de sair. Há uma análise se a expectativa do COI foi atingida”.

Expectativa de pódio

O Brasil tem expectativa de pódio em esportes tradicionais e está em alta em outros esportes, como no tiro com arco. O presidente do COB fez uma projeção para o futuro do país em alguns esportes.

“Nós temos a expectativa de pódio, a diferença de uma medalha de ouro, prata ou bronze é sutil. As mais tradicionais, vôlei na quadra e na areia, o judô, mas têm outras surgindo. Tivemos a ginástica artística medalhando, e agora a ginástica rítmica. Agora, temos um atleta do tiro com arco, que está no top 5 do mundo”.

Outro ponto citado pelo presidente do COB é a expectativa pela manutenção de medalhas que não eram previstas em Tóquio.

“Medalhas não previstas com Alison dos Santos (Piu) e Ana Marcela na maratona aquática. São modalidades de referência no país. O Piu passou por uma cirurgia, mas já voltou bem. A Ana Marcela na maratona aquática… São imprevistos que nós não temos controle, mas temos sempre atenção para dar o melhor auxílio possível. Nós estamos sempre juntos das confederações e eles estão se recuperando bem”.

Logística

Além da preparação esportiva, o COB também trabalha internamente para dar a melhor estrutura possível para os atletas em Paris. De acordo com Paulo Wanderley, o trabalho é feito pela entidade desde 2019.

“A preparação para os Jogos Olímpicos começa muito antes do que a população começa a escutar sobre os jogos. Em 2019, já fizemos a primeira visita a Paris para ver nossas bases, onde os atletas se hospedarão, qual a melhor localização para nossos atletas. Do ponto de vista administrativo, já estão encerradas as Olimpíadas de Paris”, concluiu.

CNN Esportes S/A

Esta foi a 13ª do CNN Esportes S/A. O programa vai ao ar todos os domingos, às 21h15, e fala sobre um mercado que movimenta bilhões e é um dos mais lucrativos do mundo: o futebol.

Em pauta, os assuntos mais quentes da indústria do mundo da bola, na perspectiva de economia e negócios.

Túlio Kaizer é chefe de reportagem do portal Itatiaia Esporte e tem grande experiência no digital. Foi setorista dos três grandes clubes do futebol mineiro: América, Atlético e Cruzeiro. Cobre também basquete, vôlei, esportes americanos, esportes olímpicos e e-sports.