O Campeonato Mundial de Atletismo de Budapeste terminou com sabor amargo para Alison dos Santos. Defendendo o título, o brasileiro deve desempenho abaixo do esperado na final dos 400m com barreiras e cruzou a linha de chegada na quinta colocação, com tempo significativamente pior do que havia feito na semifinal, o que lhe renderia uma medalha.
Mesmo com o mau resultado, a entrevista concedida ao Sportv logo após a prova mostra que Piu tem uma meta bem definida para os próximos meses. Chegar em plena forma nos Jogos Olímpicos de Paris é o objetivo a partir deste momento.
Para isso, ficar longe de lesões é o mais importante. A preparação prejudicada por uma cirurgia no joelho é a principal explicação da quinta colocação de Alison dos Santos no Mundial. O caminho natural era um pódio dividido com o melhor do mundo Karsten Warholm e o norte-americano Rai Benjamim. Os três levaram os 400m com barreiras a outro patamar na história e foram os medalhistas em Tóquio.
A boa notícia para o brasileiro é que a prova não parece tão dominada pelo norueguês como já foi em outros momentos. No melhor momento da carreira, Warholm marcou 45.94 no Japão para garantir a medalha de ouro.
Depois de uma lesão que o tirou da briga por medalha no Campeonato Mundial de 2022, vencido justamente por Alison dos Santos, o norueguês cruzou a linha de chegada no Mundial de Budapeste em 46s89, bem mais lento que o trio chegou a correr nos últimos anos.
Saudáveis, os três têm condições de melhorar o tempo pensando nos Jogos Olímpicos de Tóquio. A melhora será importante para tentar manter a hegemonia, já que o jovem jamaicano Roshawn Clarke e Kyron McMaster, das Ilhas Virgens Britânicas aparecem como ameaças.
Apesar da quinta colocação no Mundial, Alison dos Santos segue como favorito a medalha nos Jogos Olímpicos de Paris. Aos 23 anos, o brasileiro tem margem para crescimento.