Arthur Leist, piloto da Crown Racing na
Em entrevista à Itatiaia, o gaúcho de 24 elogiou a mudança da plataforma sedan para SUV e afirmou que a alteração aconteceu “no caminho e na direção correta”.
“A gente vem de um carro que ele era um sedã e agora é SUV. Era um carro que, anteriormente, tinha um motor V8 de 500 cavalos, agora a gente tem, basicamente, a mesma potência mais um motor 4 cilindros turbo. Então, é um carro que muda completamente a forma de guiar, mas é um carro que ele é mais rápido do que o anterior, porque ele é mais leve”, começou.
“Acho que foi uma troca no caminho e na direção correta. A gente precisava disso na categoria, ter carros mais rápidos, carros mais leves. Querendo ou não, aquele carro já estava há mais de 10 anos na categoria, então tiveram várias mudanças em cima daquele mesmo projeto”, destacou.
Adiante, Leist avaliou o que mudou em relação à forma de guiar entre o modelo antigo e o da atual temporada.
“Este ano, eles focaram um pouco mais na performance. A gente tem um carro super rápido, super equilibrado, um motor forte. Nunca tinha corrido com o motor turbo, então isso muda completamente, porque a gente tem aquele lag até encher a turbina, que é aquele período até encher a turbina para te dar 100% da potência. Então tem algumas coisinhas, algumas particularidades que mudam”, apontou o piloto.
“Obviamente, a gente é profissional nisso, a gente tem que se adaptar o mais rápido possível, mas comentando um pouco sobre a mudança, eu acho que foi positivo, foi no momento correto, porque em algum momento a gente teria que mudar. Já era um carro um pouco mais desatualizado, não tinha tanta tecnologia, um carro muito pesado e não tinha mais peças para repor algumas coisas do carro antigo, então era necessária a mudança”, revelou.
Falhas mecânicas durante a temporada
Na sequência, Arthur falou sobre as falhas mecânicas sofridas pelos carros da Stock Car ao longo da temporada. O próprio piloto foi uma das “vítimas” neste ano. O bólido #81 guiado por ele durante a sétima etapa, no Velocittà, quebrou enquanto Leist liderava a prova - o que seria uma vitória inédita.
O jovem da Crown Racing ressaltou a mudança não seria um processo fácil, mas pregou “cabeça no lugar” para lidar com as falhas.
“A gente sabia que não seria fácil. Não é porque a gente tá saindo do sedan para ir para um SUV, que é algo não tão comum no automobilismo, mas sim porque a gente tinha um carro que tinha mais de 15 anos de história dentro da categoria. Então, depois de várias e várias temporadas, todos os mecânicos, a categoria, todo mundo já tinha o acerto fino do carro anterior”, iniciou.
“Quando a gente muda para algo novo, um motor que não era utilizado, os motores turbos, eles não são tão comuns nas competições aqui no Brasil. Então, obviamente, foi uma mudança um pouco mais radical, mas eu observo como se fosse algo, óbvio que a gente não quer ter quebras, óbvio que a gente quer tudo perfeito, mas é algo um pouco natural de uma transição tão agressiva”, continuou Leist.
“Eu tive algumas quebras esse ano, não dá para negar isso, mas, no fim, a gente tem que ter a cabeça no lugar, saber que a gente está fazendo o nosso trabalho. A equipe tem feito um trabalho sensacional em várias etapas, que a gente teve alguns pequenos problemas, nos colocaram de volta na pista com muita rapidez”, pontuou.
À frente, Arthur exaltou o trabalho da equipe ao longo da temporada e destacou que, em algumas vezes, correu com um carro que não estava 100%. Ainda assim, Leist apontou que o esforço do time na garagem o ajudou a conquistar bons resultados.
“Teve várias provas que a gente conseguiu pontuar, mesmo não tendo o carro 100%, mas a gente conseguiu pontuar porque a equipe colocou o carro de volta. Então, o mérito total deles nessas etapas”, exaltou o piloto.
Próxima etapa
Os carros da Stock Car voltam às pistas neste fim de semana para a realização da nona etapa da temporada 2025. Entre os dias 24 e 26 de outubro, a cidade de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, será, de maneira inédita, palco da principal categoria do automobilismo brasileiro.