A World Athletics, órgão responsável pela gestão do atletismo a nível mundial, passará a usar um teste de saliva para determinar se uma atleta é biologicamente feminina, a fim de competir nas provas para mulheres. A medida foi anunciada por Sebastian Coe, presidente da entidade, nesta terça-feira (25).
Durante entrevista após o Mundial em pista coberta em Nanquim, na China, Coe afirmou que o teste é “importante para garantir a integridade do esporte feminino”.
“Acreditamos que é muito importante dar confiança e manter o foco na integridade da competição”, reiterou Coe, que na semana passada foi um dos candidatos derrotados pela zimbabuana Kirsty Coventry nas eleições à presidência do Comitê Olímpico Internacional (COI).
O britânico explicou que a medida foi tomada após estudos realizados pela World Athletics e que, por não ser excessivamente invasivo, o teste é legal. “A opinião geral é que é o caminho a seguir”, disse.
“Nunca teríamos optado por isso se não fosse para proteger a categoria feminina no esporte”, completou.
Ao contrário de outras federações internacionais, a World Athletics é uma das federações que mais impôs obstáculos nos últimos anos à participação de atletas hiperandrógenas e transgênero nas competições femininas.
Após a vitória da sul-africana Caster Semenya nos 800m dos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, a World Athletics exige que atletas com “diferença de desenvolvimento sexual” ou DDS (anteriormente chamada de intersexualidade) passem por tratamento para reduzir seus níveis de testosterona e desde 2023 exclui atletas transgêneros de competições femininas se elas tiverem feito a transição após a puberdade.
*Com agências