Um levantamento da Stake apontou que Valter Walker é hoje o lutador brasileiro mais engajado no Instagram entre os atletas do ranking masculino do UFC com mais de 100 mil seguidores. O peso-pesado registra 4,21% de engajamento na plataforma, índice muito acima da média brasileira masculina no UFC, que é de 1,47%.
Engajamento representa quantas pessoas de fato reagem ao conteúdo publicado — curtidas, comentários, visualizações e interações em geral. Em contas grandes, pequenas frações representam um volume significativo de usuários. Em um perfil com 1 milhão de seguidores, por exemplo, 1% equivale a cerca de 10 mil pessoas reagindo a um post.
No caso de Walker, a taxa elevada está ligada à qualidade da audiência. O lutador soma cerca de 239 mil seguidores, dos quais apenas 12% são classificados como falsos — perfis inativos ou bots, segundo o estudo.
Isso significa que aproximadamente 210 mil seguidores são contas reais. Com 4,21% de engajamento, Walker mobiliza algo em torno de 8,8 mil pessoas por publicação, número considerado alto para perfis desse porte.
‘Fighting Nerds’ em alta
Logo atrás aparecem dois atletas da academira ‘Fighting Nerds’. Maurício Ruffy, com 2,47%, e Caio Borralho, com 2,32%. Ambos também têm índices baixos de seguidores falsos, entre 14% e 16%, o que aumenta a precisão do engajamento real.
No caso de Ruffy, que tem cerca de 592 mil seguidores, 2,47% representa potencial de aproximadamente 14 mil interações por post, considerando majoritariamente contas ativas.
Um dos destaques do levantamento é Diego Lopes. Próximo de alcançar 1 milhão de seguidores — atualmente com 911 mil —, o brasileiro radicado no México mantém engajamento de 2,26%.
Mesmo com uma base tão grande e com cerca de 20% de seguidores falsos, ele registra média de 20 mil interações por publicação, desempenho considerado fora do padrão para contas desse tamanho.
‘Poatan’ e ‘do Bronx’
O estudo também analisou atletas com milhões de seguidores, como Alex Poatan e Charles do Bronx. Perfis grandes tendem a ter engajamento proporcional menor devido à diversidade da audiência e ao alcance limitado do algoritmo.
Ainda assim, Poatan registra 1,53% com 7,7 milhões de seguidores — cerca de 118 mil interações por post. Charles aparece com 0,88% em quase 9 milhões de seguidores, o que equivale a aproximadamente 79 mil reações.
No outro extremo estão Gilbert Burns, Johnny Walker e Deiveson Figueiredo, com engajamento entre 0,12% e 0,20%. Esses lutadores têm bases amplas, mas com índices elevados de seguidores falsos — de 23% a mais de 40% —, o que reduz o alcance real das publicações. Segundo o estudo, o fenômeno está mais ligado à composição da audiência do que ao conteúdo publicado.
O levantamento também destaca o comportamento dos perfis em semanas de luta. Alexandre Pantoja, que volta ao octógono no dia 6, registra 0,91% de engajamento com 639 mil seguidores, número considerado coerente para o tamanho da conta.
Atletas com combates marcados tendem a apresentar picos temporários de interação devido ao aumento de buscas e interesse do público.
