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Jesus, em ‘choque positivo’ com Diniz, diz que faz qualquer função na Seleção

Atacante do Arsenal já teve preferência por atuar como camisa 9, mas agora entende a versatilidade como algo bom na carreira

Gabriel Jesus se apresentando na Seleção Brasileira em Cuiabá

Gabriel Jesus contou que quando conversou com Edu Gaspar, dirigente, e com Arteta, treinador, ambos do Arsenal, e que o estavam contratando do Manchester City, no ano passado, ele disse que queria jogar de 9, mais como centroavante. Isso funcionou bem na primeira temporada, mas nesta nem tanto. O que fez o atacante perceber que a versatilidade pode ser o seu diferencial.

Jesus está com o grupo da Seleção Brasileira em Cuiabá, onde na quinta-feira (12) ocorre o jogo contra a Venezuela, pela terceira rodada das Eliminatórias para a Copa de 2026, na Arena Pantanal, a partir das 21h30 (de Brasília).

“Venho fazendo muitas funções no Arsenal, óbvio que quando optei por me transferir para o Arsenal falei com Edu e Arteta que preferia jogar de 9. Mas essa temporada está um pouco diferente, estamos com algumas lesões, então se você pegar os últimos quatro jogos eu atuei três de ponta e um de 9", disse o atacante em entrevista coletiva, na noite desta segunda-feira (9).

“No fim, acredito que isso seja bom para mim. Por algum tempo fiquei insistindo que preferia jogar de 9, mas agora estou aqui para ajudar. Feliz por Deus ter me abençoado com esse talento, essa grande versatilidade de jogar ali na frente. O ideal é não ficar escolhendo, e estar aqui para ajudar”, afirmou.

Gabriel Jesus teve a primeira experiência de trabalhar com Fernando Diniz em setembro, na convocação para as primeiras rodadas das Eliminatórias. E a impressão do atacante foi a mesma de outros jogadores, como relatado no mês passado: um choque positivo com o estilo do comandante.

"É algo novo, sentimos isso nas primeiras reuniões, na conversa. Eu também não tinha visto nada parecido. Joguei contra o Diniz pelo Palmeiras, ele no Audax [SP], era um pouco diferente, mas você via ali já essa questão do time sair jogando sempre com a bola no pé. E trabalhando no da a dia você enxerga essa qualidade, certos terços que ele te mostra do campo, onde enxerga alguns jogadores. Foi um choque positivo”, disse Gabriel Jesus.

O jogador do Arsenal contou que no primeiro papo com Diniz o treinador disse que queria ver o Jesus do Palmeiras e do City, mais solto do que a primeira impressão no Arsenal.

“Mas acho que agora no Arsenal tenho tido mais essa liberdade, revezando ali com o Martinelli e o Saka. É um novo ciclo, diferente, e quero estar presente, estou mais amadurecido, dentro e fora de campo. É um novo ambiente, novo momento na Seleção”, disse Gabriel Jesus.

Depois de encarar a Venezuela, o Brasil enfrenta o Uruguai no dia 17 de outubro, no estádio Centenário, em Montevidéu, pela quarta rodada das Eliminatórias.

Formado em jornalismo pela PUC-Campinas em 2000, trabalhou como repórter e editor no Diário Lance, como repórter no GE.com, Jornal da Tarde (Estadão), Portal IG, como repórter e colunista (Painel FC) na Folha de S. Paulo e manteve uma coluna no portal UOL. Cobriu in loco três Copas do Mundo, quatro Copas América, uma Olimpíada, Pan-Americano, Copa das Confederações, Mundial de Clubes, Eliminatórias e finais de diversos campeonatos.