O presidente da Fifa, Gianni Infantino, esteve na semana passada na sede da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol), em Luque, no Paraguai, participando do Congresso da entidade. A cúpula sul-americana oficializou pedido para que clubes do continente sejam cabeças de chave do Super Mundial que será em 2025, nos Estados Unidos.
A Itatiaia apurou que integrantes da comitiva da Fifa que acompanhavam Infantino informaram que a diretoria de competições finaliza detalhes do regulamento do
E que pelos modelos estudados é certo que haverá sul-americano como cabeça de chave do torneio que pela primeira vez terá 32 participantes.
Mas Palmeiras, Flamengo e Fluminense, representantes da América do Sul já confirmados como campeões da Libertadores entre 2021 e 2023, estarão no pote 1 do evento, o que poderia evitar confrontos contra equipes europeias mais fortes, como Manchester City e Real Madrid? Provavelmente todos não.
Serão oito grupos de quatro equipes, portanto oito cabeças de chave. Uma vaga será indica pelo país-sede, no caso uma equipe dos Estados Unidos. Sobram sete e a Fifa estuda o que fazer. Mas mesmo se somente europeus e sul-americanos sejam cabeças de chave, não haverá vaga para quatro campeões europeus e quatro campeões sul-americanos.
Por isso que a Fifa avalia usar os rankings continentais criados exclusivamente para definição de vagas na competição, que soma pontuação por desempenho nas últimas quatro edições dos torneios de clubes das confederações.
Por exemplo: se dois sul-americanos forem cabeças de chave, dos quatro campeões, os dois melhores ranqueados seriam os escolhidos, Hoje, Palmeiras e Flamengo lideram, bem à frente do Fluminense. Portanto têm mais chances de serem cabeças de chave.
Mas este cenário de um cabeça de chave do país-sede e sete divididos entre europeus e sul-americanos parece improvável em um momento que a Fifa tende dividir mais as forças do futebol mundial, inclusive em torneios de clubes. Portanto não é improvável que asiáticos, africanos e outro time das Américas do Norte e Central, que sejam campeões continentais, apareçam como cabeças de chave.
O novo Mundial
A primeira edição será nos Estados Unidos, entre 15 de junho e 13 de julho de 2025.
Dos 32 participantes, 21 já estão classificados. Entre junho e julho deste ano, a Fifa espera que 28 times sejam conhecidos para o sorteio. Faltaria a definição do indicado do país-sede e os três sul-americanos restantes, que serão decididos apenas em novembro de 2024.
Os clubes serão divididos em oito grupos de quatro equipes, com os dois primeiros de cada passando para as oitavas de final, e a partir daí os confrontos serão eliminatórios, até a final.
No calendário a Fifa vai propor que os clubes tenham ao menos três dias de folga entre um jogo e outro, para evitar problemas com a associação internacional de jogadores, que tem preocupação com mais um torneio em um já inchado calendário.
O critério de classificação, basicamente, coloca no Mundial-2025 os campeões continentais de 2021 a 2024. Nos casos da Europa e da América do Sul, que têm mais de quatro vagas, um ranking, com base em desempenho na Liga dos Campeões e na Libertadores nos quatro anos que antecedem ao campeonato, definirá os últimos qualificados.
Os 21 times já classificados para o Super Mundial:
América do Sul (6 vagas)
- Palmeiras - campeão da Libertadores de 2021
- Flamengo - campeão da Libertadores de 2022
- Fluminense - campeão da Libertadores de 2023
Europa (12 vagas)
- Chelsea - Inglaterra
- Real Madrid - Espanha
- Manchester City - Inglaterra
- Porto - Portugal
- Benfica - Portugal
- Inter de Milão - Itália
- PSG - França
- Bayern de Munique - Alemanha
- Borussia Dortmund - Alemanha
- Juventus - Itália
Américas do Norte e Central (4 vagas)
- Monterrey - México
- Seattle Sounders - EUA
- León - México
África (4 vagas)
- Al-Ahly - Egito
- Wydad Casablanca - Marrocos
Ásia (4 vagas)
- Al-Hilal - Arábia Saudita
- Urawa Red Diamonds - Japão
Oceania (1 vaga)
- Auckland City - Nova Zelândia