A diretoria dos Gaviões da Fiel, principal torcida organizada do
Torcedores do Corinthians se reuniram na frente do Parque São Jorge para protestar contra o presidente afastado Augusto Melo e dirigentes de gestões passadas.
Vários corintianos, tanto de torcidas organizadas quanto os considerados “comuns”, acompanham a votação do lado de fora. Faixas contra Augusto foram estendidas ao redor do Parque São Jorge.
A Itatiaia apurou que, caso Augusto retome a presidência, membros de organizadas prometeram se manifestar de forma agressiva, cogitando até invadir o Parque São Jorge. A Gaviões da Fiel manifestou publicamente oposição ao retorno de Melo.
Algumas viaturas da Polícia Militar estão nos arredores do Parque São Jorge. A reportagem apurou que, se necessário, o Esquadrão de Choque também será acionado.
Ao todo, 11.410 associados estão aptos a votar neste sábado (9). Na eleição de 2023, 4.184 sócios compareceram ao Parque São Jorge. Em 2020, durante a pandemia de covid-19, o número de votantes foi de 2.873.
Do que Augusto Melo é acusado?
O pedido de destituição feito pelo Conselho Deliberativo tem como base principal o caso VaideBet. Augusto, assim como ex-dirigentes do clube,
Conselheiros favoráveis ao impeachment argumentam que ele foi omisso diante das denúncias internas e das reportagens sobre a atuação do suposto intermediário do acordo com a VaideBet, Alex Cassundé.
O que acontece se os sócios confirmarem a destituição?
Caso os associados ratifiquem a decisão do Conselho, o presidente do órgão, Romeu Tuma Júnior, deverá agendar eleições indiretas.
O estatuto não define prazo para marcar o pleito, mas a tendência é que Romeu não demore para dar sequência ao rito.
E se Augusto Melo voltar ao cargo?
Se os sócios rejeitarem o impeachment, Augusto retomará imediatamente a presidência do Timão.
Isso, porém, não garante estabilidade. Romeu Tuma Júnior, opositor declarado, pode afastá-lo liminarmente por conta da reprovação das contas de 2024, conforme prevê a Lei Geral do Esporte. Nesse caso, seria convocada uma nova Assembleia Geral para decidir pela expulsão ou não de Augusto, repetindo o procedimento.
Romeu afirma ainda que existem cerca de seis processos de impeachment contra Augusto prontos para votação no Conselho Deliberativo.