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Postos que usam marca do Corinthians estão ligados a alvos de megaoperação contra o PCC

Clube alega que não administra diretamente os postos e acompanhas as investigações

Corinthians divulgou oficialmente a inauguração dos postos em 2021, 2022 e 2023

Três postos de combustíveis que utilizam a marca Corinthians foram incluídos entre os alvos da Operação Carbono Oculto, deflagrada pela Polícia Civil de São Paulo e pela Receita Federal. A ação apura um esquema de lavagem de dinheiro e evasão fiscal atribuído ao Primeiro Comando da Capital (PCC), que teria movimentado bilhões de reais por meio do setor de combustíveis.

De acordo com as investigações, os postos com o nome do clube funcionam em locais ligados a pessoas e empresas suspeitas de integrar a rede de lavagem de recursos. Os agentes cumpriram mandados de busca e apreensão em endereços na capital paulista e em outras cidades do estado.

Segundo levantamento do g1, os três estabelecimentos operam com o nome Posto Corinthians e estão localizados na Zona Leste de São Paulo. Eles não são vinculados a grandes distribuidoras e constam na base da Agência Nacional do Petróleo (ANP) com as seguintes razões sociais:

  • Auto Posto Mega Líder Ltda – Avenida Líder, 2000 (Cidade Líder);
  • Auto Posto Mega Líder 2 Sociedade Unipessoal Ltda – Avenida São Miguel, 6337 (Vila Norma);
  • Auto Posto Rivelino Ltda – Avenida Padre Estanislau de Campos, 151 (Conjunto Habitacional Padre Manoel da Nóbrega).

Em seu site oficial, o Corinthians registrou as inaugurações dos postos entre 2021 e 2023, período em que o clube era presidido por Duilio Monteiro Alves.

Em nota, o clube afirmou que não administra os postos, ressaltando que se trata apenas de um licenciamento da marca. O Corinthians informou ainda que acompanha o andamento das investigações e que poderá tomar medidas jurídicas cabíveis caso seja constatado uso indevido da identidade alvinegra.

O ex-presidente Duilio Monteiro Alves também se manifestou. O conselheiro declarou que desconhece qualquer irregularidade ou denúncia relacionada ao contrato firmado com os postos.

A Operação Carbono Oculto é uma das maiores já realizadas contra o esquema financeiro ligado ao PCC e mobiliza centenas de agentes em diversos estados.

Nota oficial do Corinthians

“O Sport Club Corinthians Paulista informa que não é o administrador responsável pelos postos de gasolina citados pela reportagem. Nesses casos o Clube esclarece que trata-se de um contrato de licenciamento de sua marca.

O Corinthians também informa que acompanha com máxima atenção o andamento das investigações para — se necessário — tomar as medidas jurídicas cabíveis em relação aos contratos de licenciamento com os postos de gasolina citados pela reportagem.”

Manifestação de Duilio Monteiro Alves

“Trata-se de um contrato de licenciamento que previa a criação da rede de postos Corinthians, já existente no clube antes da minha posse como presidente. Os aditivos contratuais assinados em minha gestão autorizaram a operação das primeiras unidades e passaram pelos órgãos competentes do clube, tendo sido assinados com empresas autorizadas por agência fiscalizadora federal. Desconheço que tenha havido qualquer irregularidade ou denúncia feita sobre esse contrato até o último dia de minha gestão. Destaco que nosso Departamento Jurídico ainda incluiu uma cláusula de responsabilização pela operação, que assegura ao clube ser ressarcido por qualquer eventual dano causado à instituição e à sua imagem.”

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Iúri Medeiros é formado em jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero. Passou pela Gazeta Esportiva, onde estagiou e posteriormente cobriu o dia a dia do Corinthians. Além do noticiário do Timão, participou da cobertura de jogos de Palmeiras, Santos e São Paulo, além de eventos na capital paulista, como a São Silvestre. Na Itatiaia, acompanha Corinthians e Santos.