O
O comandante nasceu em Timóteo, no Vale do Aço, a mais de 200 km de Belo Horizonte. Como grande parte dos brasileiros, teve, desde muito cedo, o futebol como grande sonho de vida.
Carreira como jogador
Dentro de campo, Mairon fez uma carreira pouco expressiva, com passagens por clubes do interior de Minas Gerais. Sem emplacar como o esperado, o profissional viu a área técnica como forma de seguir no esporte.
Faculdade e início de trajetória como técnico
Em entrevista à TV Coelho, em setembro do ano passado, Mairon contou como fez a transição das chuteiras para a prancheta. O profissional decidiu se dedicar aos estudos, cursou Educação Física pela Universidade Federal de Viçosa (UFV) e, depois, entrou no América ainda como estagiário.
“Minha vida se resume ao futebol. Comecei a jogar futebol aos dez anos, nas equipes de base de Minas Gerais. Fui até o sub-20, me profissionalizei e joguei nas equipes do interior. Em algum momento, eu achei que deveria parar para estudar. Comuniquei meus pais dessa decisão e eles apoiaram”, destacou o técnico.
“Não tinha outro caminho que não o futebol, a parte técnica, porque sempre gostei muito. Me formei na UFV e o Célio Costa, que ainda está no clube, está no setor de captação, me abriu as portas para fazer estágio com ele”, completou.
Além da graduação na UFV, o agora cruzeirense fez pós-graduação, cursos de especialização e participou de atividades da CBF Academy. Ele tem a Licença A da CBF e já pode comandar equipes profissionais e seleções.
Perfil e estilo de jogo
A Itatiaia buscou referências sobre Mairon César. O novo técnico do Cruzeiro foi descrito como uma pessoa “fora de série”, “trabalhadora” e “do bem”. O profissional se destaca por treinos “longos e intensos”, sempre à disposição do clube em que trabalha.
Quando o assunto é o estilo de jogo, Mairon passeia por alguns dos conceitos mais modernos do futebol atual. Marcação alta, ofensividade e jogo de posição fazem parte de seu repertório.
Mairon César, ex-técnico do time sub-20 do América
Resultados e jogadores formados
No América, Mairon foi auxiliar algumas temporadas. Depois, em 2023, assumiu a equipe sub-20 e ganhou muita projeção.
Na mesma temporada, o Coelho foi vice-campeão da Copinha - derrotado para o Palmeiras de Estêvão na decisão. O time seguiu acumulando boas campanhas e venceu o Campeonato Mineiro do ano passado.
Ao todo, o técnico fez 134 jogos, com 66 vitórias, 34 empates e 32 derrotas no sub-20 do América.
As conquistas de Mairon no ex-clube, porém, não se reduzem aos títulos e aos triunfos. O treinador deixou um grande legado na formação de jogadores utilizados na equipe principal, como Arthur, Breno Cascardo, Júlio, Renato Marques, Adyson, Paulinho e Gustavo Marques.
Júlio César, lateral do América
A visão de quem acompanhou de perto
Setorista do América pela Itatiaia, Fabrício Calazans acompanhou de perto o trabalho de Mairon César nos últimos anos. Ele rasgou elogios ao profissional e destacou sua importância na formação de talentos pelo Coelho.
“O Mairon está na prateleira de cima do futebol de base. Além dos títulos e das boas campanhas, ele tem participação direta na formação de inúmeros jogadores. Para se ter uma pequena ideia, o América foi a campo contra o Cuiabá, com seis jogadores formados na base no time titular, todos foram atletas do Mairon, vários oriundos do vice-campeonato da Copa São Paulo de 2023", destacou Calazans.
“Se a gente falar das negociações que o América fez de Atletas que passaram pelo Mairon César, a lista fica enorme: Rodriguinho Arthur, Adyson, Matheus Henrique, Breno Cascardo, Gustavo Marques, Renato Marques, entre outros”, completou.
Mairon César comandou o América na Copa São Paulo