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Cria do Atlético critica uso de jogadores da base no clube e relembra saída polêmica

Jogador foi formado nas categorias do Alvinegro, mas não entrou em campo pelo time de cima; atualmente joga no Internacional

Bruno Tabata, ex-Atlético, atual jogador do Internacional

Uma das principais promessas das categorias de base do Atlético na década passada, o meio-campista Bruno Tabata nunca jogou profissionalmente pelo clube. Atualmente no Internacional, o atleta disse que o Alvinegro deveria dar mais oportunidades aos jovens e revelou bastidores de sua polêmica saída para o futebol português.

“Eu sou um ‘corneteiro’, eu acho que o Atlético deveria aproveitar muito mais, desde a minha época, a categoria de base, porque tem uma estrutura muito boa”, disse o meia em entrevista à Itatiaia Vale do Aço.

Tabata trocou o Galo pelo Portimonense-POR em 2016. A situação não foi nada amigável e teve desdobramentos na Justiça por longos meses, com final positivo para o atleta, que pleiteava a saída. À época, o clube ainda era administrado no modelo associativo e tinha Daniel Nepomuceno como presidente.

O jogador do Internacional relembrou o fim de sua passagem em Belo Horizonte e disse que a falta de oportunidades foi um dos grandes motivos para sua decisão. Apesar da saída complicada, o meia garante ter gratidão e carinho pelo clube.

“A minha saída de lá foi um pouco por causa disso. Pela estrutura que o Atlético oferece aos jogadores, deveria aproveitar muito mais. Mas eu sou grato demais porque a minha chegada, o tempo que tive lá, participou diretamente no que sou hoje como jogador. Posso dizer hoje que foi pelo que o Galo fez comigo. Eu fiquei lá cinco anos”, comentou.

“A minha saída foi uma questão de escolha também. Uma escolha minha e do clube também. Eu tinha contrato e acabamos não chegando a um acordo na época, em 2015 para 2016, por uma renovação. Eu entendi uma coisa, o clube estava em outro momento, entendia outra. A gente acabou se separando, mas como falei, não tira a minha gratidão pelo que o Atlético fez por mim”, argumentou.

Bruno Tabata durante treino nas categorias de base do Atlético

Bastidores da negociação

Bruno Tabata contou detalhes do processo que encerrou sua trajetória no Atlético. O jogador trata o momento como “turbulento” e admitiu que a quantia financeira oferecida e o projeto esportivo apresentado pela diretoria da época não o agradaram.

“Foi um momento turbulento. Na verdade, essa saída durou um ano, não foi uma saída repentina. O Atlético me ofereceu uma proposta de renovação, eu entendia que, não por questão financeira, que é importante para todo jogador, eu não via tanto projeto para mim. Eu não entendia que as pessoas na época responsáveis pela categoria de base estavam interessadas em um projeto”, recordou.

“O presidente era o Daniel Nepomuceno. Ele não tinha muita força no futebol, ele era o presidente, mas quem cuidava mais era o (Eduardo) Maluf. Quem cuidava da categoria de base era o André (Figueiredo). Eles naquela época entenderam que deveriam agir daquela maneira”, opinou Tabata.

Bruno Tabata

Bruno Tabata surgiu como uma grande promessa das categorias de base do Atlético na década passada, mas ainda muito jovem se mudou para o futebol português, em 2016. Lá, defendeu as cores de Portimonense-POR e Sporting-POR.

O atleta retornou ao Brasil em 2022, para jogar pelo Palmeiras. O jogador teve dificuldades no Verdão e, no ano seguinte, foi para o Qatar SC-CAT. Tabata está no Internacional desde 2024, com dois gols e três assistências.

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Lucas Barbosa é repórter do portal Itatiaia Esporte. Formado pela UFOP e natural de Raul Soares-MG, tem experiência em coberturas esportivas e jornalismo hiperlocal. Apaixonado pelo futebol brasileiro e suas histórias mais profundas, também já passou por veículos de rádio e televisão.