Fernando Diniz enalteceu o clima da torcida vascaína em São Januário na vitória do Vasco por 2 a 0 sobre o Cruzeiro, neste sábado (27), pela 25ª rodada do Brasileirão. Para ele, a sinergia entre torcedores e jogadores fortaleceu a equipe em campo.
“A coisa mais importante que aconteceu hoje foi essa conexão com a torcida. São Januário cheio, o time jogou junto. O time foi tão bom quanto a torcida. Essa conexão faz o Vasco ser muito mais forte. Espero que a gente consiga ter cada vez mais consistência, e que a torcida goste cada vez mais do que a gente vai fazer dentro do campo”.
“Se eu pudesse ter o estádio sempre cheio, a energia é muito boa da torcida. Quando eu vinha jogar aqui, no fim da década de 90 e início de 2000, talvez o auge da história do Vasco, jogar contra já era gostoso. Tanta energia que tinha no estádio. E isso me marcou muito. Uma das vontades que eu tinha de trabalhar no Vasco era essa coisa que eu sentia da torcida. Estando aqui, é muito bom. O convite está sempre feito para eles comparecerem. Hoje, tenho convicção que ajudaram muito o time em todos os momentos do jogo. Foi uma dobradinha de muito brilho”, completou Diniz.
O treinador do Vasco aprovou o comportamento defensivo da sua equipe diante das valências ofensivas do Cruzeiro de Leonardo Jardim. Diniz frisou que o Cruzmaltino conseguiu frear as transições celestes, marca característica do clube mineiro na competição.
“O nosso time também tem uma transição ofensiva boa. No fundo, nós sabíamos que eles tinham a transição. Eles têm 12 gols de transição ofensiva e 12 de bola parada. Provavelmente o time que mais tem gol de bola parada e de transição. Então a gente tinha que saber perder a bola e em alguns momentos parar o jogo e deixar ele mais lento. E quando nenhuma dessas coisas, a gente tinha que proteger a profundidade. Acho que nesses três itens a gente conseguiu eliminar as chances do Cruzeiro de eliminar as transições e de atacar a profundidade”, disse o treinador na entrevista coletiva após a partida”, analisou o técnico.
“Não é que a gente soube sofrer. Quando a gente baixou, o Cruzeiro é um time que gosta de muita profundidade. Quando a gente não conseguia encaixar rápido, a gente tinha que descer mesmo. Não é o jogo do Cruzeiro, que ele se sente mais confortável, não é um jogo empurrando o adversário para trás com muita posse. É um time muito vertical. Quando a gente baixou o bloco, a gente quase não sofreu. Não lembro de o Cruzeiro ter tido uma grande chance nem de o Léo Jardim ter feito uma grande defesa. Hoje existem, nas estatísticas mais apuradas, a expectativa de gol. Não houve expectativa de gol mais importante para o Cruzeiro. Não finalizaram quase dentro da área. Quando tínhamos a bola na área para finalizar, tínhamos muito mais gente do que eles. O time soube se defender bem”, completou Diniz.
Vasco em alta
O Vasco está sem perder há sete jogos e vive sua melhor fase sob o comando de Fernando Diniz. Neste período, foram quatro empates e três vitórias. A equipe tenta estender a marca diante do Palmeiras, na próxima quarta-feira (1), às 19h (de Brasília), em duelo pelo Brasileirão no Allianz Parque, em São Paulo.