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Melhor fase do Flamengo e elogios ao Cruz Azul: Filipe Luís projeta Intercontinental

Rubro-Negro disputa o Dérbi das Américas nesta quarta (10), no Catar, na estreia do torneio

Filipe Luís, à direita, observa treino do Flamengo no Catar

Depois de levantar cinco troféus em pouco mais de 12 meses no comando do Flamengo, Filipe Luís inicia o maior desafio de sua breve carreira como treinador: a Copa Intercontinental. Nesta terça (9), véspera da estreia contra o Cruz Azul-MEX, o técnico projetou o torneio e demonstrou confiança no momento vivido pela equipe rubro-negra.

Após as recentes conquistas da Libertadores e Brasileirão, o Flamengo teve “margem” para viajar a Doha e ter uma semana livre de jogos com o elenco principal antes de estrear nesta quarta (10), às 14h (de Brasília). Filipe Luís respondeu sobre o “peso” da temporada, com 75 jogos disputados, sobre o grupo de jogadores na Intercontinental.

“Foi um ano longo para todos os clubes. O Flamengo teve 75 jogos porque chegou nas finais, jogou o Mundial, isso é um orgulho para nós. No futebol são momentos. Às vezes o time está cansado no começo do ano e menos cansado no final. A parte mental é importante, talvez um mês e meio atrás nossa equipe tenha oscilado e se viu um pouco mais cansada, por causa da pressão daquele momento”, respondeu Filipe Luís.

“O momento agora é muito bom. A gente descansou a maioria dos jogadores uma semana e, por mais que tenha sido um ano longo, eles querem conquistar. Conseguimos revezar bastante o elenco esse ano para diminuir as lesões e ter todo mundo disponível. Chegamos nesse Mundial no nosso melhor momento”, complementou o treinador.

Para a partida desta quarta (10), o único desfalque deve ser Pedro, ainda em recuperação de lesão muscular. A comissão técnica confia que, caso o time avance no torneio, o camisa 9 tenha condições de voltar a atuar nesta temporada. Saiba mais clicando aqui.

Confira, abaixo, mais respostas de Filipe Luís, técnico do Flamengo:

O Flamengo é favorito contra o Cruz Azul?
“Estar sentado nessa cadeira é um cargo de muita exigência, como foi durante toda a temporada, e para mim é um orgulho. É o que sempre sonhei, trabalhei muito para conquistar. Liderei esses jogadores no Mundial de Clubes, conseguiram passar uma imagem excelente, e esperamos fazer a mesma coisa no jogo de amanhã. Não tem favorito, é o melhor da América do Sul contra o campeão da CONCACAF. Os dois melhores vão lutar para ganhar.”

Influência de jogo eliminatório
“Foi para a gente assim o ano inteiro. Aliás, os dois times que passamos na Libertadores (Estudiantes e Racing) são os finalistas do Campeonato Argentino. Foi muito difícil conseguir o que conseguimos. Dentro do Brasileiro foram muitos mata-matas, com jogos que se perdêssemos o adversário poderia disparar, ou tendo que ganhar para ficar na ponta. Nosso time está acostumado a disputar jogos decisivos desde o Carioca, em que teve oito clássicos. Os jogadores convivem bem com esse tipo de pressão e, nesses jogos, os jogadores grandes aparecem.”

Duelo com Nicolás Larcamón, técnico do Cruz Azul
“Quando vejo o Cruz Azul jogar, vejo muito clara a ideia do treinador. Isso demonstra que é uma equipe muito bem trabalhada, com identidade, que tem clara a fase defensiva e como pressionar. Um time que persegue muito, tem muita força, compraram muito bem a ideia do treinador, de como pressionar quem está com a bola. Com a bola, também tem muito clara a ideia de jogo, como se oferecem, a mobilidade que têm os meio-campistas. Tenho alguns amigos em comum (com Larcamón), no futebol todos se conhecem, e me falaram muito bem dele, é um treinador importante na liga mexicana, por isso seu time é tão sólido e chegou onde chegou.”

Elogios e características do Cruz Azul
“O Cruz Azul é um time muito competitivo e muito bem treinado. A liga mexicana é muito competitiva, disputada, com um poder financeiro muito grande. É uma equipe com bons jogadores, com muita qualidade, fisicamente muito forte. Defendem de uma forma muito agressiva, pressionam muito e tentam sempre ser protagonistas do jogo. Um time que tenta roubar a bola e atacar o máximo possível. Pensamos o futebol da mesma forma, tentamos sempre pressionar e controlar o jogo, então vai ser uma partida muito disputada.”

"É um time com as ideias claras, que pressiona muito, tem força física nos duelos individuais, perseguições e que quer ser protagonista do jogo. Quer propor e é muito difícil tirar a posse deles, porque é uma equipe que costuma dominar os adversários quase sempre. É similar um pouco à forma de defender do Bragantino do Mancini e do Atlético-MG do Cuca. Para jogar, várias equipes jogam com essa estrutura, mas a individualidade dos jogadores faz com que seja uma equipe única, porque tem meio-campistas com muita qualidade e mobilidade, que se oferecem a todo momento para poder jogar, o que faz ser um time muito difícil de ser pressionado.”

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Flamengo finaliza preparação

Nesta terça (9), o Flamengo realizou a última atividade antes de enfrentar o Cruz Azul. A tendência é de que Filipe Luís mantenha a base da equipe que atuou na final da Libertadores, contra o Palmeiras, e na partida contra o Ceará, que definiu o título do Brasileirão.

Uma dúvida é na defesa. Léo Ortiz está integrado aos treinos do elenco há alguns dias. Danilo é quem substituiu o camisa 3 desde o final de outubro, ao lado de Léo Pereira.

Gonzalo Plata, que estava suspenso na decisão da Libertadores, é uma opção e disputa uma vaga no ataque com Bruno Henrique. Pedro, em fase final de recuperação, é desfalque.

A Copa Intercontinental

O Flamengo classificou-se para a Copa Intercontinental como campeão da Copa Libertadores. O primeiro jogo do Rubro-Negro no torneio será em 10 de dezembro.

O adversário será o Cruz Azul, do América, que vale a taça do Dérbi das Américas.

O vencedor do confronto enfrenta o Pyramids, do Egito, no dia 13, pela Copa Challenger. A decisão do torneio será em 17 de dezembro, contra o Paris Saint-Germain, da França.

Jornalista e correspondente da Itatiaia no Rio de Janeiro. Apaixonado por esportes, pela arquibancada e contra torcida única.

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