A Copa do Mundo de 2026 coloca, novamente, o ‘soccer’ na cena dos Estados Unidos. Grande nação esportiva do planeta, o país nunca conseguiu se firmar como uma potência no esporte mais popular do mundo entre os homens. A nova edição de Mundial no país pode significar uma ‘virada de chave’ na cultura esportiva do país.
O Mundial será sediado também por Canadá e México, mas os Estados Unidos receberão o maior número de jogos. As fases mais agudas da Copa, a partir das quartas de final, serão todas em solo estadunidense.
Os EUA receberam o Mundial de 1994. Na ocasião, o país ainda não tinha uma liga profissional estabelecida. A Major League Soccer (MLS) foi criada em 1996, utilizando boa parte da estrutura da Copa.
Em 2002, boa parte da geração ‘criada’ pela Copa do Mundo deu resultado dentro de campo. Os Estados Unidos chegaram às quartas de final e foram eliminados pela Alemanha, vice-campeã daquela edição.
‘Nova chance’ em 2026
A relação do estadunidense com o futebol mudou. O país se tornou uma potência regional, passou a disputar com frequência a Copa do Mundo e estabeleceu uma liga competitiva.
O esporte ainda não compete com os ‘quatro grandes’ (futebol americano, basquete, hóquei no gelo e beisebol), mas é uma das importantes atrações. Em busca de popularidade, o país já sediou competições como a Copa América e a Copa Ouro.
A popularização passou pela valorização das franquias. O Los Angeles FC, por exemplo, vale 1,25 bilhão de dólares (cerca de R$ 6,6 bilhões) é a franquia mais cara. Messi, tido como um dos melhores jogadores da história do futebol, atua nos EUA desde 2023.
A Confederação dos Estados Unidos lançou o programa “Soccer Foward” (pode ser traduzido como Avante Futebol”) para capitalizar a popularidade trazida pela MLS e pela Copa do Mundo. A ideia é, segundo a própria Confederação, “dar oportunidade para quem quiser jogar futebol”.
“Isso representa uma mudança radical na forma como a Federação de Futebol dos EUA se vê e no papel que desempenhamos junto aos nossos membros e a todos os outros que amam o futebol. Estamos nos esforçando diariamente para conquistar a confiança dessas pessoas e garantir que continuem nessa jornada conosco”, disse CEO da Confederação.
Sucesso feminino
O protagonismo sonhado entre os homens é realidade entre as mulheres. A seleção é tetracampeã da Copa do Mundo, pentacampeã da Olimpíada e já foi líder do ranking da Fifa diversas vezes.
O país já sediou duas Copas do Mundo (1999 e 2003) e sediará em 2031 em conjunto (Costa Rica, Jamaica e México). O país já teve duas jogadoras ganhando o prêmio “The Best” (de 2016 até os dias atuais) da Fifa. Antes (1991 a 2015) foram quatro conquistas.