Titi foi um dos seis jogadores do
E na semana que o Tricolor do Pici retorna ao local do crime, sete suspeitos de participarem do ataque foram soltos, por determinação da Justiça. Eles precisam respeitar medidas cautelares, como não irem a jogos do Sport e não frequentarem espaços da Torcida Jovem do Leão. Para Titi é algo inacreditável.
É triste e inacreditável a gente ter vivido tudo aquilo naquela noite e na semana do jogo ver eles soltos. A gente sempre espera um clima hostil, mas com muito respeito. Nós sempre respeitamos muito os adversários aqui, esperamos ser recebidos da mesma forma em qualquer outro Estado e não estamos preparados para viver aquilo que vivemos”, disse o zagueiro.
Titi diz que mesmo passado algum tempo ainda revive na cabeça os momentos de medo que passaram naquela noite, após empate por 1 a 1 pela fase de grupos da Copa do Nordeste, na mesma Arena de Pernambuco que receberá o confronto deste domingo (26).
“Tudo o que aconteceu naquela triste noite, só nós sabemos o que vivemos lá. Se eu tentar encontrar palavras para explicar os sentimentos que temos, faltariam palavras e não consigo dimensionar. A todo momento que entro em um ônibus e me desloco para jogar ou retornar, ainda vem aquela lembrança. Vivemos um dos momentos mais tristes da história recente do Fortaleza”, afirmou o zagueiro, um dos capitães da equipe.
Entenda o caso
A soltura dos sete suspeitos ocorreu após a Justiça entender que não havia necessidade de colocá-los em prisão preventiva. Os homens estavam presos de forma temporária por 30 dias, e a Polícia Civil pediu prorrogação por mais 30 dias antes de solicitar a preventiva. Duas pessoas ainda não foram encontradas e são consideradas foragidas.
A 2ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Jaboatão dos Guararapes, ao conceder a liberdade aos sete suspeitos, aplicou algumas medidas cautelares:
- Não se ausentarem da Região Metropolitana do Recife – RMR, por mais de 15 (quinze) dias, sem prévia comunicação à Justiça;
- Comparecimento bimestral em juízo, para atualizar o endereço para onde deverão ser dirigidas as futuras comunicações processuais;
- Afastamento imediato da Torcida Jovem do Leão, estando proibidos de comparecerem ao espaço físico destinado àquela organização, devendo manter distância mínima de 200 (duzentos) metros do Barracão, sede ou subsede, ou de se reunirem com os outros integrantes da agremiação denunciados, em qualquer espaço físico ou virtual, devendo, também, manter, um do outro, a mesma distância mínima obrigatória acima mencionada;
- Impossibilidade de participação nos grupos virtuais, inclusive do WhatsApp, criados e/ou utilizados pela Torcida Jovem do Leão, ou por integrantes desta associação, para debater assuntos específico da agremiação;
- Impossibilidade de comparecimento presencial aos jogos do Sport Club do Recife, seja ele realizado em qualquer Estado da Federação;
- Impossibilidade de contato, por qualquer meio, com as testemunhas destes autos, devendo manter distância mínima de 200 (duzentos) metros.
Nenhum deles, portanto, poderá estar presente no jogo do domingo. A Operação Hooligans foi deflagrada no dia 15 de março. Inicialmente, prendeu três suspeitos ligados à Torcida Jovem do Leão, principal organizada do Sport. No dia 20 daquele mês, o quarto suspeito foi encontrado.
A corporação entendeu, após investigações, que o ato foi premeditado. Depois, em 3 de abril,
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), após punir o Sport com oito jogos de portões fechados, recuou da decisão. No dia 9 de abril,