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Após veto ao Castelão, CEO diz que Fortaleza tomará medidas para jogar no estádio

Conmebol inabilitou arena para partidas da Sul-Americana por causa do gramado ruim; grupo de trabalho é criado para auxiliar em uma mini reforma

Fortaleza e Bragantino empataram na Arena Castelão, no final de semana, com gramado bastante ruim

O CEO da SAF (Sociedade Anônima do Futebol) do Fortaleza, Marcelo Paz, disse que o clube tomará todas as medidas cabíveis para continuar jogando pela Copa Sul-Americana na Arena Castelão, na capital cearense. O estádio foi inabilitado, na sexta-feira (26), para partidas da competição por causa de relatório que apontou problemas no gramado após a vitória de 4 a 2 do Leão sobre o Boca Juniors, na quinta-feira (25) passada.

Nesta terça-feira (30) foi criado um grupo de trabalho que vai orientar e monitorar uma mini reforma que deverá ser feita no piso do Castelão. Fazem parte da equipe membros do Fortaleza, da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) e do Governo do Ceará, proprietário do Castelão e responsável pela manutenção do gramado. Profissionais do clube e da confederação devem auxiliar nas melhorias.

“A Arena Castelão é a casa do Fortaleza, que acolhe de forma confortável seus torcedores, sócios torcedores, visitantes e convidados da própria Conmebol, e nossos patrocinadores. Nosso objetivo é continuar jogando sempre lá, e por isso somaremos forças para tal”, disse Marcelo Paz.

É provável que o Fortaleza tenha que remarcar dois jogos do Brasileiro da Série A para o estádio Presidente Vargas (PV), com capacidade menor, para 20 mil pessoas, na região central da capital, para que o gramado do Castelão possa ser reformado. Seriam os confrontos contra o Botafogo, no dia 12 de maio, e frente ao Athletico-PR, em 18 de maio. O Ceará também tem mandado partidas da Série B no Castelão e precisaria alterar alguns compromissos para o PV.

A direção do Fortaleza enviou na segunda-feira (29) à confederação sul-americana um plano de ação de recuperação do gramado, além de todas as atividades que serão realizadas nele até 29 de maio, data marcada para a próxima partida do Fortaleza como mandante pela ‘Sula’, contra o Sportivo Trinidense-PAR, às 21h (de Brasília).

“Essa notificação [de problemas no gramado] também ocorreu ano passado, trabalhamos em conjunto e deu tudo certo. A responsabilidade da manutenção do gramado é do Governo do Ceará, através da Superintendência de Obras Públicas (SOP) e da Sesporte, e cabe ao Fortaleza ajudar nesse processo. Já enviamos um plano de ação nesta segunda-feira para a Conmebol, e o clube tomará todas as medidas cabíveis para garantir a realização da nossa última partida da fase grupos contra o Trinidense, no Castelão, em 29 de maio”, explicou Marcelo Paz.

Em 2023, antes das quartas de final da Sul-Americana contra o América, a Conmebol também inabilitou o Castelão, após o Fortaleza eliminar o Libertad-PAR. Com melhorias feitas o estádio voltou a ser liberado, e a expectativa da diretoria do Leão é que o mesmo aconteça agora.

Os custos da reforma serão do clube e do governo estadual. Nesta quarta-feira (1), o Fortaleza vai enfrentar no Castelão o Vasco, em jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil.

Falhas no piso

Uma equipe de engenheiros agrônomos apontou uma série de problemas no gramado do Castelão após o confronto contra o Boca Juniors:

  • O campo de jogo não apresentou todas as condições esperadas para a realização de uma partida no âmbito das competições da Conmebol;
  • O campo tinha locais onde não havia cobertura de grama, tinha vãos e irregularidades (estéticas e de nivelamento) – não só, mas sobretudo tudo em grandes áreas – sendo isso prejudicial à segurança do jogadores de futebol, árbitros e o desenvolvimento normal do jogo;
  • As condições visuais do campo eram muito ruins e era perceptível também da transmissão televisiva.

Caso a melhoria do gramado do Castelão não seja suficiente, quando os agrônomos da Conmebol o avaliarem, o Fortaleza terá que marcar um novo estádio para enfrentar o Trinidense. Isso precisa ser feito até 11 de maio.

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Formado em jornalismo pela PUC-Campinas em 2000, trabalhou como repórter e editor no Diário Lance, como repórter no GE.com, Jornal da Tarde (Estadão), Portal IG, como repórter e colunista (Painel FC) na Folha de S. Paulo e manteve uma coluna no portal UOL. Cobriu in loco três Copas do Mundo, quatro Copas América, uma Olimpíada, Pan-Americano, Copa das Confederações, Mundial de Clubes, Eliminatórias e finais de diversos campeonatos.