No auge da pandemia de Covid-19, em 2020, o médico Elias Leite postava diariamente em sua conta em uma rede social os números de mortes, internações e altas na Unimed Fortaleza, hospital que presidia na época. E sempre terminava os vídeos com uma frase otimista em meio ao caos: “vai dar certo”.
O bordão pegou e diversas empresas do Ceará pintaram em sua fachadas a frase com hashtag "#vaidarcerto”. Nesta sexta-feira (26), Leite, torcedor do Fortaleza, foi anunciado como novo integrante do Conselho de Administração da SAF do clube. É possível que, em breve, ele assuma como presidente desse conselho.
“Essa formação do conselho considero bastante competente e tenho certeza que nós vamos conseguir trazer o apoio e o suporte para que a diretoria executiva possa entregar os resultados que todos esperam, todos nós queremos e o que o Fortaleza merece. Então, minha ideia é continuar com a emoção, mas trazendo a razão para as sugestões do dia a dia do nosso conselho para ajudar o nosso time a chegar cada vez mais ao topo”, disse Elias Leite, hoje diretor comercial e de produtos da Unimed Seguros e palestrante em desenvolvimento de pessoas e organizações.
Bruno Cals, executivo conhecido do mundo financeiro no Ceará, também assumirá uma cadeira no colegiado que tem a missão, por exemplo, de indicar o CEO da SAF. O cargo será do ex-presidente do clube, Marcelo Paz, quando todo o processo de implementação da Sociedade Anônima de Futebol estiver concluída.
Cals tem 38 anos, é vice-presidente da Ezze Seguros S/A e, recentemente, foi responsável pelo processo de abertura de capital da rede de clínicas e hospitais Hapvida.
“Sou tricolor desde criança, estou muito feliz em poder contribuir com o nosso Fortaleza. Acho que a criação da SAF foi um passo muito importante para o futuro do clube, da continuidade de uma gestão competente e profissional com o incremento de governança corporativa. Da possibilidade de ter alternativas de financiamento, que possibilite dar saltos maiores de crescimento e de visibilidade para o clube, além do fortalecimento da marca que tivemos nos últimos anos”, disse Cals.
No fim de dezembro passado, Geraldo Luciano, antigo 1ºvice-presidente do Fortaleza, renunciou à presidência do Conselho de Administração.
O movimento surpreendeu por dois motivos, principalmente: primeiro que a SAF ainda está em processo final de implementação, e o Conselho de Administração é fundamental nisso. Segundo porque Geraldo Luciano foi o principal arquiteto do modelo de Sociedade Anônima de Futebol que será adotado pelo Fortaleza.
Em um primeiro momento o Fortaleza não pretende vender ações. Seria um movimento para ter um trânsito mais fácil no setor financeiro, simplificando operações de empréstimos e investimentos. Não haverá, portanto, um sócio majoritário, como Botafogo, Cruzeiro e Vasco têm, que comande o futebol.
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