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Presidente do Fortaleza diz que acordo da LFF é marco para futebol brasileiro

Liga Forte Futebol anunciou negociação milionária de 20% dos direitos de TV e comerciais com investidores por 50 anos

Represententes dos clubes associados à LFF e de investidores após reunião em São Paulo

O presidente do Fortaleza, Marcelo Paz, disse que a assinatura do contrato entre a Liga Forte Futebol (LFF) e os investidores Life Capital Partners e Serengeti Asset Management é um marco do que, segundo ele, será uma nova forma de dividir os valores dos direitos comerciais e de transmissão entre os clubes no futebol brasileiro.

Pelo trato, os investidores aportarão R$ 2,3 bilhões nos clubes da LFF. Em contrapartida, receberão 20% das receitas comerciais geradas por este bloco de clubes no Campeonato Brasileiro pelos próximos 50 anos, a partir de 2025.

“Uma vitória para um grupo de clubes formado há dois anos, começamos em dez, hoje somos 26. Um grupo que, acima de tudo, tem princípios, que é o que nos norteia, de uma divisão mais justa dos direitos dos campeonatos no Brasil e que vai ajudar no crescimento do futebol no país”, disse Paz.

O Ceará, principal rival do Fortaleza, faz parte da Liga Forte e também assinou o acordo. Os dois receberão R$ 121 milhões como adiantamento pelo acordo, até 2025. Dos 26 clubes da LFF, apenas Internacional, Náutico e Atlético ainda não assinaram por estarem obrigados a percorrer trâmites internos antes da adesão ao acordo.

“A partir da semana quer vem o XP, o banco parceiro, já se disponibiliza de adiantar parte dos recursos aos clubes, o que vai ajudar muito nos investimentos deste ano. E nós do Forte Futebol estamos de portas abertas para outros clubes que queiram se unir para que uma Liga de Futebol possa ser executada no Brasil”, disse Paz.

O Fortaleza receberá um aporte inicial de R$ 24 milhões, enquanto o Ceará ganhará R$ 12 milhões. A diferença se dá pelo fato de o Leão do Pici estar na Série A, enquanto o Vovô está na Série B. Mas até 2024, ambos terão recebido R$ 60 milhões referentes à primeira parcela do acordo.

O acordo também selou o compromisso dos clubes da LFF em realizar, em qualquer cenário, a comercialização coletiva de seus direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro a partir de 2025 -- os contratos até 2024 já estão vendidos.

O grupo concorrente à LFF é a Libra, que tem 18 associados, entre eles Flamengo, Corinthians, Palmeiras e São Paulo. Cruzeiro, Vasco e Botafogo passaram a ser independentes após insatisfação com o modelo de negócio da Libra.

Valor previsto para cada clube no acordo feito pela Liga Forte Futebol:
  • Internacional: R$ 218 milhões

  • Atlético: R$ 217 milhões

  • Fluminense: R$ 213 milhões

  • Athletico-PR: R$ 203 milhões

  • Coritiba: R$ 159 milhões

  • Goiás: R$ 152 milhões

  • Sport: R$ 139 milhões

  • Ceará: R$ 121 milhões

  • Fortaleza: R$ 121 milhões

  • América: R$ 116 milhões

  • Avaí: R$ 94 milhões

  • Chapecoense: R$ 94 milhões

  • Juventude: R$ 93 milhões

  • Atlético-GO: R$ 91 milhões

  • Criciúma: R$ 62 milhões

  • Cuiabá: R$ 57 milhões

  • CRB: R$ 43 milhões

  • Vila Nova: R$ 38 milhões

  • ABC: R$ 33 milhões

  • Londrina: R$ 33 milhões

  • Tombense: R$ 26 milhões

  • Náutico: R$ 10 milhões

  • Figueirense: R$ 8 milhões

  • CSA: R$ 5 milhões

  • Brusque: R$ 5 milhões

  • Operário: R$ 5 milhões

Formado em jornalismo pela PUC-Campinas em 2000, trabalhou como repórter e editor no Diário Lance, como repórter no GE.com, Jornal da Tarde (Estadão), Portal IG, como repórter e colunista (Painel FC) na Folha de S. Paulo e manteve uma coluna no portal UOL. Cobriu in loco três Copas do Mundo, quatro Copas América, uma Olimpíada, Pan-Americano, Copa das Confederações, Mundial de Clubes, Eliminatórias e finais de diversos campeonatos.