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Diniz cita Cruzeiro, dispara sobre demissão de Carpini e avalia estrangeiros

Treinador fez reflexão após vitória do Fluminense por 2 a 1 diante do Vasco

Fernando Diniz, do Fluminense, antes de partida diante do Vasco, pelo Brasileirão

Fernando Diniz, técnico do Fluminense e ex-treinador da Seleção Brasileira, fez uma longa reflexão sobre a situação dos técnicos no Brasil. Após a vitória por 2 a 1 diante do Vasco, nesse sábado (20), no Maracanã, o treinador afirmou ter sido ridícula a demissão de Carpini no São Paulo e que há ‘boa vontade’ com estrangeiros no Brasil.

“Quantos treinadores estrangeiros o Botafogo já teve? E o Cruzeiro? É o processo. Eu acho ridículo o que aconteceu com o Carpini e o que acontece com os estrangeiros também. Não é que não serve os brasileiros. Ninguém serve. Serve só se ganhar. O Abel não tá aí há esse tempo todo porque é bom... ele é bom mesmo, senão não ganharia o que está ganhando, mas está aí porque ganhou”, avaliou.

Para Diniz, a avaliação dos resultados é sempre a mesma: o resultado. No entanto, com treinadores estrangeiros, na visão do comandante, há uma paciência maior.

“A moda é treinador estrangeiro. Vai ganhar um, outros três, quatro vão para Libertadores. Os outros estrangeiros vão ser ruins e serão mandados embora. Vão buscar outros estrangeiros, vai ser alimentado. Tem um monte de treinador brasileiro bom. Só que tem menos tempo, mas há uma paciência maior com estrangeiro. A gente (brasileiro) acaba tendo menos tempo para trabalhar”, disse.

O técnico condenou o que classificou como automatismo. Para ele, a avaliação precisa ser além do resultado.

“Aqui o cara precisa ganhar para mostrar que é bom. A gente não avalia se o treinador é bom ou não. Existe o automatismo, quem é ganha é bom e quem perde é ruim. Eu não acredito que essa relação seja justa com os treinadores brasileiros”, finalizou.

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Treinadores estrangeiros

Para o lugar de Thiago Carpini, o São Paulo contratou o argentino Luis Zubeldía, ex-comandante da LDU, de Quito. No comando da equipe equatoriana, foi campeão da última Copa Sul-Americana.

Em 2023 o Botafogo, citado por Diniz, foi comandado por Luís Castro, Bruno Lage, Lúcio Flávio e Tiago Nunes. A equipe oscilou sob o comando de Lage e perdeu o título do Campeonato Brasileiro.

O Cruzeiro passou por processo semelhante. A equipe começou a temporada sob o comando do uruguaio Paulo Pezzolano. Após o Campeonato Mineiro, o substituto escolhido foi o técnico português Pepa. O treinador foi demitido após 25 jogos: sete vitórias, oito empates e dez derrotas. O clube ainda teve Zé Ricardo, Fernando Seabra e Paulo Autuori na última temporada.

Em 2024, o Cruzeiro escolheu novamente começar a temporada com um técnico estrangeiro. O argentino Nicolás Larcamón após o vice-campeonato Estadual. No total, foram 14 jogos, com sete vitórias, quatro empates e três derrotas. Nesse período, o time celeste fez 21 gols e sofreu 13. O aproveitamento foi de 59,52%.

Atualmente, na Série A do Campeonato Brasileiro, metade das equipes conta com treinadores estrangeiros. No total, são 10 comandantes que nasceram fora do Brasil.


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Leonardo Parrela é chefe de reportagem do portal Itatiaia Esporte. É formado em Jornalismo pela PUC Minas. Antes da Itatiaia, colaborou com ge.globo, UOL Esporte e Hoje Em Dia. Tem experiência em diversas coberturas como Copa do Mundo, Olimpíada e grandes eventos.