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Prefeitura desapropriará terreno do Gasômetro, e Flamengo se posiciona

Decreto será publicado no Diário Oficial do Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (24), abrindo caminho para o projeto do estádio próprio do Flamengo

Flamengo tem projeto de construir o seu estádio próprio em terreno do Gasômetro, na Zona Norte do Rio de Janeiro

O prefeito Eduardo Paes (PSD) informou que será publicado no Diário Oficial do Rio de Janeiro desta segunda-feira (24) o decreto de desapropriação do terreno do Gasômetro, no bairro de São Cristóvão, na Zona Norte do Rio de Janeiro. A decisão abre caminho para o Flamengo colocar em prática o projeto de construção do estádio próprio no local.

O Flamengo definiu o Gasômetro como alvo para o projeto ainda em 2022. Desde então, a diretoria negocia com a Caixa Econômica Federal, dona do fundo de investimentos a qual pertence o terreno de 88 mil metros quadrados na região do Porto Maravilha. Contudo, as partes não chegaram a um acordo e vivem um impasse em relação ao valor.

Desta forma, a desapropriação da Prefeitura fará o terreno desejado pelo Flamengo ir a leilão. De acordo com o “Globo” haverá dispositivos que garantem “a obrigatoriedade de implementação de equipamentos específicos”. No caso, a construção de um estádio de futebol.

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“A decisão do prefeito Eduardo Paes reconhece o interesse público envolvido e propicia um passo importantíssimo na realização do projeto para erguer o estádio próprio do Flamengo, sonho de toda a Nação Rubro-Negra. A diretoria do Flamengo tem plena consciência da importância desta obra tanto para o nosso clube como também para a revitalização de uma das mais tradicionais áreas de nossa cidade”, diz trecho do comunicado divulgado pelo Flamengo (veja, na íntegra, abaixo).

"É importante para a revitalização daquela região. O Flamengo não vai fazer só um estádio. Vai ser um lugar de entretenimento, vai ter um centro de convenções. Tem um caminho a percorrer, mas vamos trabalhar juntos com a diretoria do Flamengo para que a gente possa realizar esse sonho da Nação Rubro-Negra”, afirmou Eduardo Paes nas redes sociais.

O posicionamento do Flamengo

“O Clube de Regatas do Flamengo parabeniza a decisão da Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro em desapropriar o terreno do Gasômetro, na região portuária.

A decisão do prefeito Eduardo Paes reconhece o interesse público envolvido e propicia um passo importantíssimo na realização do projeto para erguer o estádio próprio do Flamengo, sonho de toda a Nação Rubro-Negra.

A diretoria do Flamengo tem plena consciência da importância desta obra tanto para o nosso clube como também para a revitalização de uma das mais tradicionais áreas de nossa cidade.

Nosso projeto prevê um enorme investimento financeiro no local, capaz de ajudar na transformação de toda a região do entorno do novo estádio, valorizando em muito a área e entregando para a nossa cidade um novo e moderno espaço, tanto de entretenimento quanto comercial.

Ganharão a cidade e todos os cariocas. Ganharão o Flamengo e toda a Nação Rubro-Negra.

Fica o nosso registro dos mais sinceros agradecimentos ao prefeito Eduardo Paes e ao Deputado Federal Pedro Paulo pela sensibilidade que ambos sempre tiveram a respeito deste tema e pela visão empreendedora e positiva em relação ao desenvolvimento econômico e social da cidade do Rio de Janeiro.”

Situação diferente em BH

Em Belo Horizonte, o Atlético viveu situação diferente e não contou com apoio da prefeitura para construção de seu estádio. O clube inaugurou, em agosto de 2023, a Arena MRV, mas conviveu com percalços para erguer sua “casa própria”.

A situação envolvendo a Arena MRV implicou em diversas cobranças de contrapartidas para liberação das obras, cujo valor estipulado era de R$ 250 milhões.

A Arena MRV esteve na pauta até de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). A intitulada “CPI do Abuso de Poder”, que apurava se as contrapartidas exigidas foram impostas pela gestão de Alexandre Kalil (PSD), ex-prefeito de BH e ex-presidente do Galo, para prejudicar o andamento das obras. O relatório final da CPI foi aprovado em julho de 2023.

O Atlético chegou a se manifestar sobre as exigências feitas pela PBH durante a gestão de Kalil, em 2022. Segundo o Atlético, as mais de 100 contrapartidas exigidas pela PBH tinham “valores exorbitantes e completamente desproporcionais em relação a qualquer outra arena erguida no Brasil”.

Para o Galo, a PBH usou “o empreendimento e seus apoiadores financeiros para que se resolvesse problemas históricos da região, como o de obras estruturantes viárias, que deveriam ter sido realizadas pelo poder executivo municipal”.

Segundo o CEO do Galo e do estádio, Bruno Muzzi, “quase 50% do valor da obra (da Arena) foi exigido em contrapartidas”.


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Jornalista e correspondente da Itatiaia no Rio de Janeiro. Apaixonado por esportes, pela arquibancada e contra torcida única.