A novela que envolve o acerto de
O Vélez revelou que abriu negociações com a Raposa em janeiro deste ano, a pedido do jogador. Em um primeiro momento, o Cruzeiro ofereceu pagar 10 milhões de dólares, cerca de R$ 57 milhões, em um prazo de dois anos. Os argentinos, porém, recusaram a proposta por entenderem que o clube celeste não tinha “garantias” para efetuar o pagamento.
“Em janeiro de 2025, iniciaram as negociações com o clube brasileiro Cruzeiro para efetivar a transferência. As ofertas iniciais feitas pelo clube brasileiro giravam em torno de 10 milhões de dólares brutos. Valor que não era satisfatório para o Vélez, pois estabeleciam pagamentos em um prazo de 2 anos, mas não garantidos, condição que era essencial para nossa instituição considerando a situação financeira do Cruzeiro”, destacou o Vélez.
Valentín Gómez em partida pelo Vélez, da Argentina
Com a recusa em um primeiro momento, o Cruzeiro se dispôs a pagar 8,5 milhões de dólares à vista, o equivalente a R$ 49 milhões. Segundo o clube argentino, a proposta foi aceita, mas a diretoria celeste decidiu se retirar das negociações. Na nota, o Vélez não explica o motivo da desistência.
“Por fim, o Cruzeiro propôs assumir o custo financeiro da operação e fazer um pagamento único de 8 milhões de dólares brutos, proposta que foi aceita pelo Vélez, embora posteriormente retirada pelo Cruzeiro, que desistiu da operação. Após o fracasso da transferência para o Cruzeiro, o jogador manifestou à diretoria seu desejo de não continuar no Clube e buscar uma nova alternativa de transferência na janela atual”, finalizou o clube.
Antes de negociar com o Cruzeiro, Valentín havia ficado próximo de deixar o Vélez, mas foi reprovado nos exames médicos do Palermo-ITA e precisou retornar à Argentina. Já recentemente, o defensor se envolveu em imbróglio com o grupo ‘Foster Gillett’ e teve nova transferência frustrada, desta vez, para a Udinese-ITA.
Versão do Cruzeiro
O Cruzeiro alegou ter desistido da transação após o Vélez Sarsfield
Veja o pronunciamento de Alexandre Mattos
“No caso do Valentín, a gente chegou, por algumas etapas, em acordos já tidos como feitos. As coisas foram caminhando para sempre aparecer algo a mais, um empecilho a mais, um pedido a mais, seja financeiro ou de outra coisa. Até que, no sábado, a gente fez um acordo final. Ficamos aguardando uma reunião da junta diretiva. Depois de idas e vindas de propostas, colocamos um prazo nisso, porque tinha que se encerrar.
Paralelamente, a gente foi tentando avançar em outros jogadores, no caso o Fabrício, porque a gente precisava de uma definição disso. A gente acertou com o Fabrício. O Valentín poderia vir como um bônus. Agora, o torcedor tem que entender também que aqui, se tem uma coisa que a torcida do Cruzeiro sabe, é que precisa ter responsabilidade. O Cruzeiro, hoje, já ultrapassou os seus limites das próprias pernas para caminhar.
(...) O que a gente fez foi, de maneira organizada, no nosso limite, chegar, tentar algo a mais. O que quero deixar claro para a torcida é que não teve essa história que ‘voltou’. Não teve nada disso. Teve um desejo do jogador de vir. Ele ficou encantado com tudo que escutou. Mas não foi possível. O Cruzeiro chegou em seu limite”, disse Mattos.