Ouvindo...

Participe do canal e receba as notícias do Cruzeiro no WhatsApp

Campeão pelo Cruzeiro relembra goleada que encaminhou título sobre o Racing, em 1992

Vitória do Cruzeiro por 4 a 0 sobre o Racing no jogo de ida da Supercopa completa 32 anos nesta segunda-feira (18)

Cruzeiro e Racing decidiram o título da Supercopa dos Campeões da Libertadores em 1992

Na semana em que decidirão o título da Copa Sul-Americana, Cruzeiro e Racing-ARG vivem os dois lados de uma importante lembrança. Nesta segunda-feira (18), o time celeste comemora 32 anos da importante vitória por 4 a 0 sobre “A Academia”, no jogo de ida da final da Supercopa dos Campeões da Libertadores.

Em 1992, o Cruzeiro goleava o Racing, no Mineirão, e dava ali o primeiro passo rumo à conquista do bicampeonato da Supercopa.

Cruzeiro e Racing se enfrentarão neste sábado (23), às 17h (de Brasília), no estádio La Nueva Olla, em Assunção, no Paraguai.

A lembrança

No dia 18 de novembro de 1992, Roberto Gaúcho, duas vezes, Luiz Fernando Flores e Boiadeiro fizeram os gols da vitória cruzeirense. Naquele jogo, mais de 78 mil pessoas comemoraram a goleada nas arquibancadas do Gigante da Pampulha.

“Iluminado sempre por Deus. Tive a felicidade, junto com meus companheiros, na década de 1990, de ganhar muitos títulos internacionais. Contra o Racing foi um. Vencemos o Racing por 4 a 0, no Mineirão lotado. Tive o prazer de fazer dois gols e dar uma assistência”, relembrou Roberto Gaúcho, em entrevista à Itatiaia.

Segundo o site RSSSF Brasil, essa partida entre Cruzeiro e Racing registrou o quinto maior público da história em um jogo da equipe azul contra um adversário estrangeiro.

Os gols do Cruzeiro

O Cruzeiro abriu o placar aos 31 minutos do primeiro tempo. O atacante Betinho roubou a bola de Reinoso e cruzou para a área. Depois de uma rebatida na defesa argentina, Roberto Gaúcho chutou de primeira e contou com o desvio no zagueiro. O goleiro Roa ficou “vendido” no lance e viu a bola no fundo das redes: 1 a 0.

Aos oito minutos do segundo tempo, o zagueiro Cosme Zacantti acertou um chute por trás em Renato Gaúcho e foi expulso. Quatro minutos depois, Roberto Gaúcho fez o segundo gol cruzeirense, após jogada do próprio Renato: 2 a 0.

Depois de muita pressão celeste e sufoco argentino, o Cruzeiro fez mais um. Aos 24 minutos da etapa complementar, Roberto Gaúcho passou por vários adversários e tocou para Luiz Fernando Flores. O meia ajeitou e chutou rasteiro, no canto direito: 3 a 0.

Aos 35 minutos, mais uma expulsão no Racing. O lateral-direito Jorge Borelli levou o cartão vermelho e viu, do lado de fora do campo, o Cruzeiro marcar o quarto gol, aos 40 minutos do segundo tempo: 4 a 0.

“Foi uma noite abençoada, choveu antes, o Mineirão lotado como sempre, a torcida empurrando. Sempre nas finais eu me preparava muito psicologicamente, estava bem fisicamente. Tínhamos um baita preparador físico que era o Luis Inarra. Aquela noite eu fui iluminado, fiz dois gols, dei uma assistência, joguei demais junto com os companheiros”, destacou Roberto Gaúcho.

O título

No jogo de volta, no El Cilindro, em Avellaneda, na Grande Buenos Aires, o Cruzeiro perdeu por 1 a 0, com gol de Turco García. Pela vantagem de gols da primeira partida, o Cruzeiro ficou com o título da Supercopa de 1992.

Atual técnico do Racing jogou em 1992

Ícone do Racing como jogador, o hoje técnico Gustavo Costas, de 61 anos, fará sua terceira final diante do Cruzeiro na decisão da Copa Sul-Americana, marcada para 23 de novembro, no Estádio General Pablo Rojas, em Assunção.

Como zagueiro, Costas ajudou o Racing a conquistar o seu último título internacional, em 1988, justamente sobre o Cruzeiro. Naquele ano, os dois clubes decidiram a Supercopa dos Campeões da Libertadores.

Já em 1992, quando atuou como volante e lateral do Racing, Gustavo Costas perdeu a mesma Supercopa para o Cruzeiro. Aquela foi a última final internacional disputada pelo clube de Avellaneda.

Supercopa de 1988

No primeiro encontro da final de 1988, realizado no Estádio El Cilindro, em Avellaneda, em 13 de junho, o Racing venceu o Cruzeiro por 2 a 1, com gols de Fernández e Colombatti. O ponta Robson descontou para os mineiros.

No duelo de volta, realizado no Mineirão, o Cruzeiro conseguiu apenas um empate por 1 a 1. Catalán abriu o placar para os argentinos, e novamente Robson marcou para a Raposa.

CRUZEIRO 4 X 0 RACING-ARG

Cruzeiro

Paulo César Borges; Paulo Roberto, Célio Lúcio, Luizinho e Nonato; Douglas, Boiadeiro e Luiz Fernando; Renato Gaúcho, Betinho (Cleison) e Roberto Gaúcho. Técnico: Jair Pereira.

Racing-ARG

Roa, Borelli, Zacanti, Reinoso e Distéfano; Gustavo Costas, Matosas (Félix Torres), Rubén Paz e Claudio García; Graciani (Vallejos) e Guendulain. Técnico: Humberto Grondona

Motivo: Jogo de ida da final da Supercopa
Data: 18 de novembro de 1992 (Quarta-feira), às 21h (de Brasília)
Local: Estádio Mineirão, em Belo Horizonte
Árbitro: José Joaquim Torres (Colômbia)
Assistentes: Armando Perez e John Jairo Toro (Colômbia)
Gols: Roberto Gaúcho (31' 1T e 12' 2ºT), Luiz Fernando Flores (26' 2ºT) e Boiadeiro (40' 2ºT)
Cartão amarelo: Douglas, Betinho, Renato Gaúcho e Roberto Gaúcho (CRU); Carlos Roa, Borelli, Reinoso, Claudio Garcia (RAC)
Cartão vermelho: Borelli e Zacanti (RAC)
Público pagante: 78.077
Renda Bruta: Cr$ 2.370.065.000,00 (preço médio: Cr$ 30.355,48 )

Leia também


Participe dos canais do Itatiaia Esporte:

Guilherme Piu é jornalista esportivo com experiência multiplataforma: digital, revista, rádio e TV. Tem dois livros publicados e foi premiado em festivais de cinema no Brasil e no exterior, dentre eles o Cinefoot. Cobriu grandes eventos, como Copa do Mundo, Olimpíada, Copa América e torneios de futebol. Passou por Hoje em Dia, Uol e Revista Placar.