Plano A da diretoria do Cruzeiro para a próxima temporada, o técnico Fernando Gago contou com uma extensa equipe de profissionais no Racing. Em seu último clube, o jovem comandante, de 37 anos, tinha o suporte de seis auxiliares no banco de reservas, além de dois preparadores físicos.
Em Avellaneda, onde dirigiu “La Academia” por pouco mais de duas temporadas, Gago foi auxiliado por Diego ‘El Chispa’ Cogliandro, Federico Insúa, Gustavo Gallego, Gastón Naddoni, Nicolás Batista e Ezequiel Taboada. Já em relação à preparação física, Roberto Luzzi e Federico Trídico se responsabilizaram pelo condicionamento dos atletas.
Com o excesso de auxiliares, Gago não utilizou um preparador de goleiros de confiança no Racing. Durante o período em que esteve no El Cilindro, o treinador manteve José Ramírez, no clube desde o ano de 2020.
Apesar da prática de ter um entorno recheado de profissionais, Fernando Gago poderia esbarrar em uma norma da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) do Cruzeiro. Sob a gestão de Ronaldo, o clube adotou uma política de maior controle financeiro.
Gago teria convidado Coloccini a trabalhar no Cruzeiro
Nesta quarta-feira (13), a imprensa argentina repercute que o ex-zagueiro Fabricio Coloccini teria aceitado o convite de Gago para trabalhar no Cruzeiro.
No país vizinho, uma das críticas feitas ao trabalho de Fernando era que o Racing atacava bem, mas defendia mal. Nesse sentido, a aposta por Coloccini poderia representar, na prática, maior equilíbrio ao projeto do comandante.
Críticas à preparação física
Segundo apurou a Itatiaia, no decorrer da “Era Gago”, os torcedores do Racing se queixavam do alto número de lesões dos jogadores e do baixo condicionamento físico do elenco. Com isso, o nome de Roberto Luzzi era alvo de críticas com certa frequência.
Pontos positivos
Na passagem pelo Racing, o trabalho de Gago se notabilizou pela ofensividade e pela intensidade na marcação alta, principalmente em 2022. “Era um time que se jogava ao ataque e fazia muitos gols no primeiro ano completo de trabalho. Em geral, era uma equipe criativa, que gerava muitas situações de gol. Meias e atacantes sempre marcavam. A formação principal tinha essa marca”, lembra o jornalista.
Pontos negativos
Já a grande deficiência de todo o trabalho de Gago no Racing, destacou Hernán Coccimiglio, era a fragilidade defensiva de sua equipe. Por se jogar à frente, o time não tinha consistência na marcação. Isso gerou muitas críticas da torcida e teve influência direta em sua saída do clube, no começo de outubro deste ano.
“O Racing, do Gago, nunca marcou bem. Criava e atacava bem, mas era desorganizado atrás. Levava muitos gols de contragolpe e de bolas paradas, como escanteio e tiros livres. Este ano, principalmente, parecia um time partido em dois. Atacava bem e defendia mal. Isso gerou muitas críticas da torcida”, disse Hernán.
Setorista do Olé faz avaliação idêntica
A análise de Hernán Coccimiglio sobre Fernando Gago coincide totalmente com a avaliação de Nicolás Montalá, setorista do Racing no jornal Olé, da Argentina.
“Gago é um técnico de grande vocação ofensiva, amante do protagonismo, da posse de bola, do trato da bola. Suas equipes ocupam o campo do rival em qualquer lugar e pressionam no ataque com intensidade. Seu esquema favorito é o 4-3-3. Costuma utilizar os extremos com perfil trocado (canhoto pela direita e destro pela esquerda). Os laterais avançam constantemente. Os zagueiros jogam no círculo central. Mas o time do Gago se arrisca muito e isso expõe sua defesa. O estilo dele requer zagueiros muito velozes para cobrir os espaços. Em 2022 o time foi muito bem, mas, em 2023, não. O Racing este ano teve uma das defesas mais vazadas”.
Conheça a comissão de Fernando Gago
Diego ‘El Chispa’ Cogliandro
Fiel escudeiro de Gago, Diego ‘El Chispa’ Cogliandro trabalha ao lado de Gago desde o Aldosivi. Como jogador, ele defendeu as camisas de Argentinos Juniors, Arsenal de Sarandí, Chacarita Jrs, Olimpo e Aldosivi, todos da Argentina.
Federico Insúa
Federico Insúa integrou a equipe de Gago no Racing entre 2021 e 2023. Em campo, ele defendeu clubes como Argentinos Juniors, Independiente, Boca Juniors e Vélez Sarsfield, da Argentina; Málaga, da Espanha, Borussia M’Gladbach, da Alemanha; América, do México; Borsaspor, da Turquia, e Millonarios, da Colômbia.
Gustavo Gallego
Peça importante na comissão de Fernando Gago, Gustavo Gallego, de 46 anos, também o acompanha desde o início da carreira. Desde 2021, quando ainda estava no Aldosivi, Gallego é um dos auxiliares.
Gastón Naddoni
Assim como Gallego, Gastón Naddoni foi auxiliar de Fernando Gago no Racing.
Nicolás Batista
Em dezembro do ano passado, o auxiliar técnico Nicolás Batista chegou ao Racing por recomendação de Fernando Gago. Anteriormente, o profissional havia trabalhado nas categorias de base da Armênia, no Qatar Sports Club e no San Telmo, da Argentina.
Ezequiel Taboada
Da mesma forma que Nicolás Batista, o auxiliar Ezequiel Taboada foi contratado há um ano pelo Racing. Na ocasião, o ajudante de Gago já havia passado por Argentinos Jrs e Vélez Sarsfield, da Argentina, e LDU, do Equador.
Roberto Luzzi
No tempo em que Gago foi técnico do Racing, o profissional responsável pela preparação física da equipe foi Roberto Luzzi.
Federico Trídico
No Racing, Federico Trídico também tinha a função de coordenar a preparação física do time durante a temporada.