Há pelo menos duas décadas, Buiu se tornou um personagem folclórico ligado ao Cruzeiro. Diariamente, o torcedor marca presença na porta da Toca da Raposa II. Mesmo sem entrar no centro de treinamento, ele se aproximou de gerações de atletas, dentre eles o goleiro Fábio, campeão da Copa Libertadores nesse sábado (4) pelo Fluminense. Ao chegar ao Mineirão para acompanhar o time contra o Inter, neste domingo (5), Buiu se emocionou ao falar do feito histórico do amigo e ídolo.
“O Fábio é tudo na minha vida. Ele me levava para a igreja. Ele pagava meu aluguel lá no Sumaré. Ele é uma pessoa muito gente boa. O Fábio foi e é uma pessoa muito especial pra mim e eu o agradeço. Ele é meu pai, eu chamo ele de pai. Que Deus abençoe ele”, disse Buiu à Itatiaia.
Buiu ainda mandou um recado ao novo campeão continental: “Ô Fábio, eu estou do lado de cá (do Cruzeiro) torcendo por você”, completou.
Fábio esteve perto de conquistar a Copa Libertadores pelo Cruzeiro em 2009. Mas a taça escapou em pleno Mineirão com a derrota por 2 a 1, de virada, para o Estudiantes de La Plata, da Argentina.
Quis o destino que Fábio conquistasse a América no fim da carreira, com 43 anos, mas ainda em grande forma. O goleiro foi um dos destaques do Fluminense na conquista continental sobre o Boca Juniors no Maracanã.
Fábio participou dos 13 jogos da campanha do Fluminense na Libertadores e se firma de vez como um dos grandes ídolos da nova geração de torcedores tricolores ao lado de Cano, Marcelo, Nino, Jhon Kennedy, Arias e companhia.
A Libertadores foi o 22º título da carreira de Fábio. Pelo Fluminense, ele já havia conquistado os Campeonatos Cariocas de 2022 e 2023. Só com a camisa do Cruzeiro foram 12 conquistas, incluindo três Copas do Brasil e dois Campeonatos Brasileiros. O goleiro está na história como o jogador que mais vestiu a camisa cruzeirense: foram 976 apresentações em duas passagens.