Depois de pendurar as chuteiras, Andrés D’Alessandro parou de jogar, mas não de trabalhar com o esporte. Agora dirigente, D’Ale atua como coordenador de futebol do Cruzeiro, que enfrenta o ex-clube do argentino, na noite deste sábado (1º), às 21h, no Beira-Rio, em Porto Alegre.
E o ex-meia ressaltou o novo desafio que tem, agora fora das quatro linhas.
Estou muito feliz. O fato de eu ter ido para o Cruzeiro, não só pelo fato de o clube ser gigante. Um gigante adormecido ainda, e estamos trabalhando para que ele acorde aos poucos”, disse, em entrevista na zona mista do Beira-Rio.
Distância da família
Com uma vasta história no Internacional, Andrés D’Alessandro deixou Porto Alegre, onde fixou residência, para assumir um cargo diretivo no Cruzeiro. O que o deixou longe mais de 1.700 quilômetros “de casa”.
“O fato de ter o Ronaldo como nosso dono, como presidente, e gente muito capacitada, muito coerente no que faz, uma linha de trabalho e diretrizes bem marcados, isso fez com que eu pudesse decidir e deixar coisas de lado, como a família em Porto Alegre. Isso não é fácil, deixar três filhos, a minha família e ir sozinho para lá (Belo Horizonte)”, ressaltou.
Apesar dessa longa distância e de estar sozinho em Minas Gerais, D"Alessandro mostra o quanto está feliz com o seu desafio.
“Vale a pena, porque é uma experiência sensacional. Estamos trabalhando duro no dia a dia”, comentou.
O trabalho na Toca II
Em 12 jogos na Série A do Campeonato Brasileiro, o Cruzeiro somou 17 pontos, com cinco vitórias, dois empates e cinco derrotas. O aproveitamento da Raposa até aqui é de 47%.
“Futebol é resultado, começamos muito bem, depois os resultados que fazem parte do futebol (empates e derrotas), mas o trabalho continua. Dar continuidade ao que o Ronaldo e os profissionais do clube, da diretoria, começaram no ano passado. A reerguer o Cruzeiro, a reestruturar o Cruzeiro, a reorganizar o Cruzeiro. Não só a nível profissional, mas nas categorias de base”, destacou.
D"Alessandro comentou sobre o grande desafio de reerguer o Cruzeiro, que nos últimos anos teve dificuldades de sair da Série B, e somando dívida superior a R$ 1 bilhão.
“A gente faz um trabalho de formiga. Não será do dia para noite que vamos recuperar um clube tão grande. Conseguiu subir no ano passado, foi o primeiro passo, importante. Esse ano conseguimos começar o Campeonato Brasileiro bem, e temos que dar continuidade ao trabalho”, comentou.
“Acreditamos muito no nosso elenco, que possamos nos reforçar, obviamente. Mas acreditar nos jogadores que a gente tem, mentalidade forte, nosso time tem que ser intenso, competitivo. A gente não tem que fugir disso, esse é o nosso caminho”, concluiu.